FIFME - Federação Internacional de Futebol de Mesa

HOME

NOTÍCIAS

e-Shop FIFME

MAPA DO SITE

FACEBOOK

BOLA ROLANDO:

EM ANDAMENTO
AMISTOSOS
TORNEIOS
ELIMINATÓRIAS
CAMPEONATOS
.- COPA ROCCA
.- INTERCONTINEN.
CHAMPIONS
COPA DO MUNDO
CLUBES
.- TORNEIOS
FUTSAL
.-AMISTOSOS

FEDERAÇÃO:

LIGA DE SELEÇÕES
.- MASTERS
.- FEMININA
.- SUB-21
LIGA DE CLUBES
LIGA DE FUTSAL
LIGA SUB-17
VÁRZEA
LIGA DE PRAIA
LIGA GAÚCHA
LIGA PRÓ
SUBBUTEO LEAGUE
LIGA DE CHAPAS
TODAS AS LIGAS
CONFEDERAÇÕES
ESTÁDIOS
SEDE & INFRA
MODALIDADES
ARBITRAGEM
.- REGRAS
.- FAIR PLAY
PRESIDÊNCIA
.- ESTATUTO

BOTÕES:

TODOS BOTÕES
.- ÍNDICE
.- ESPECIAIS
.- COLEÇÕES
.- .- CBF
EX-FILIADOS

 

 

Topo

História do Botão - FIFA

Índíce

  1. Os Primórdios
  2. Surge a FIFA
    2.1. A Liga de Futsal
  3. O Mundo Conhece a Holanda
    3.1. Campionato Mondiale di Calcio
  4. E o Futebol virou Calcio de Mesa
    4.1 Campeão dos Campeões
  5. Bom no Samba, Bom no Feltro
    5.1 Europa Versus América
    5.2 IV Copa do Mundo
  6. O Grand Slam
    6.1 Trois Fois, Les Bleus!
    6.2 A Última Glória do Século XX
  7. O Triste Fim do Campo Brianezi
    7.1 Copa das Confederações
  8. Os Super Campeões
    8.1 Pontuação dos Super-Campeões

Os Primórdios

Tudo se inicia em 1982, quando Pedroom, que na época era apenas Pedrinho, com 12 anos de idade, que gostava de brincar jogando um botãozinho, o que fazia desde pequenininho. Na época, os jogos eram feitos com botões de brinquedo, tipo Gulliver, feitos de plástico, disputados em um campo pequeno, da marca Coluna, o Colunão de Chão - hoje conhecido como Coluninha, o campo de Várzea da FIFME, ou simplesmente Futsal - e jogava-se no chão. Porém, foi nesse ano que surgiram os primeiros campeonatos registrados e é onde começa a História do Botão. Eram campeonatos disputados de forma amadora, com regras não-oficiais, hoje reconhecidos como competições de Futsal, de uma categoria abaixo do futebol de mesa profissional, mas que na sua época eram as maiores competições que existiam e que começaram uma paixão que tomou proporções nunca dantes imaginadas, esses campeonatos são os primeiros registros da arte do botão, ou futebol de mesa, como queiram.

O primeiro campeonato disputado foi o Desafio ao Galo, conhecido na época apenas como Campeonato de Botão, pois era o primeiro que acontecia e o único que existira até então. Participaram desse campeonato algumas raridades como os botões translúcidos do Internacional e do Santos e os do Flamengo e Grêmio, botões que hoje fazem parte da Antiga Liga de Futsal, que era uma época onde as disputas aconteciam sem o controle de uma federação. Também fizeram parte do campeonato: América do Rio, a Seleção Brasileira, um botão pequeno e amarelo, que ficou conhecido como Brasil Junior, a Seleção Francesa, que na verdade era um botão da Federação Paulista, mas como ele era azul e com distintivo gasto, pensava-se que era da Federação Francesa de Futebol. Participou também um outro botão do Brasil, verde com a bandeira nacional, depois reconhecido como sendo o Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas. Todos os times dessa época, hoje fazem parte da Liga de Futsal FIFME. América e Brasil de Pelotas fizeram a final desse histórico campeonato, e o América sagrou-se campeão, o primeiro campeão registrado na história dos botões.

O Campeonato seguinte foi Campeonato de Juniors, onde apareceram mais dois times, a União Soviética e o Comercial de Ribeirão Preto, além das equipes que haviam participado do Desafio ao Galo, desta vez a França conseguiu o título vencendo o Brasil de Pelotas, que perdia a sua segunda final consecutiva.

Já em 1984, foi disputado o último campeonato registrado no campo Coluninha, ou Colunão de chão - primeiro estádio de botão conhecido - e, como era ano de Olimpíadas, foi disputado o Campeonato Olímpico, onde apareceu a equipe da Áustria, que já chegou tornando-se campeã olímpica, vencendo a França na final, acabando com o sonho do segundo título gaulês.

Neste ano, Pedroom ganhou de Natal uma nova mesa de botão, também da marca Coluna, porém com dimensões maiores e com tripé imbutido, campo que passou a sediar as disputas do futebol, o Colunão - conhecido hoje como o Terrão da FIFME. Foi quando surgiram também os primeiros botões oficiais da marca Crack's, foram eles as seleções da Alemanha, Escócia, Brasil, Uruguai e o clube do New York Cosmos. Foi quando surgiu a FIFA - Fedração Internacional de Futebol Association - e assim o futebol de mesa entrou na era da profissionalização.

Surge a FIFA

A história do botão profissional começa em 1984, quando foi fundada a FIFA (atualmente FIFME) - Federação Internacional de Futebol Association. A FIFA surgiu para organizar e investir no futebol de âmbito internacional, entre seleções, e no início de sua história relegou o futebol entre clubes à um segundo plano, inclusive em seu país sede, o Brasil. Foi quando aconteceu a disputa do primeiro campeonato oficial de seleções, a Copa Weffa - nome este criado em confusão com o nome da federação européia de futebol, a UEFA. A Escócia foi o país sede deste primeiro campeonato, escolhida por ser dos escoseses a autoria do Hino Oficial da FIFA. O campeonato reunia apenas os cinco botões oficiais da época, Alemanha, Escócia, Brasil, Uruguai e Cosmos, sendo que este último, jogava representando a nação dos Estados Unidos. A final foi justamente entre os Estados Unidos e a Alemanha, e os alemães entraram para a história como os primeiros campeões oficiais da FIFA.

Em 1985, aconteceu a II Copa Weffa, campeonato que reunia as mesmas agremiações da competição anterior, porém bem mais longo, com turno e returno, desta vez o Uruguai sagrou-se campeão, batendo a Alemanha que buscava o Bi, em duas finais (do 2º Turno e da Finalíssima). Uruguai era o primeiro país sul-americano a conquistar um título e a rivalizar com os alemães, ao final da competição o ataque celeste registrou a incrível marca de 100 gols marcados, um record absoluto não superado até hoje. Alguns pequenos torneios foram organizados nesta época também, a Taça Pedro I, vencida pelo Uruguai, e a Taça Caneco de Ouro, vencida pelo Brasil, esse torneio também apresentou a seleção da Holanda, mais uma que se juntava a FIFA.

Novas seleções aparecereram na Copa Rocca, campeonato que viria a se tornar um dos mais importantes da FIFA, foram as seleções da França - o primeiro botão da marca Brianezi, Espanha e Portugal (ambos da Crack's). A Copa Rocca foi a primeira competição que adotou as regras oficiais de futebol de mesa, na verdade, uma regra resumida da FPFM que veio junto com a embalagem dos novos botões da Crack's adquiridos. Disputada em dois turnos, os campeões de cada turno decidiam o título da Rocca, e foram eles França e Alemanha. Na finalíssima, a Alemanha sagrou-se a grande campeã ao vencer por 6x2.

Nessa fase de grandes campeonatos, a FIFA iniciou os planos para cirar uma competição internacional que fosse a mais importante de todas: a Copa do Mundo e, já com a idéia concretizada, resolveu lançar um torneio comemorativo, o Torneio Início da I Copa do Mundo. Convidou algumas seleções, dentre elas a Argentina e a União Soviética, que fizeram a sua primeira aparição na FIFA. O torneio foi vencido pela União Soviética que bateu a Holanda na final.

Outra competição de suma importância foi a Copa Rio Branco, a copa envolveu nove das onze seleções que faziam parte da FIFA e foi o maior e o último grande campeonato dessa época, do Estádio Colunão. Uruguai e Alemanha fizeram a grande final, em um duelo dramático, a Alemanha venceu por 1x0 e sagrou-se campeã. Com a conquista, a Alemanha definitivamente cravou seu nome na história como a grande campeã desses primórdios das competições oficiais da FIFA.

Chegou 1986, e este foi o ano dos grandes torneios do Campo Colunão, novas seleções surgiram: a Bélgica - o primeiro botão da marca Champion, Inglaterra, Itália, Tchecoslováquia e México. O primeiro grande torneio foi a Copa Bicentenário da Alemanha, criado pela federação alemã para comemorar as seguidas glórias da sua seleção, o título porém, acabou indo para a Bélgica, seleção estreante, que bateu a União Soviética na final, foi o primeiro título de uma equipe da marca Champion, e logo no primeiro campeonato disputado. Esse torneio teve o primeiro registro de artilharia, onde Paolo Rossi da Itália marcou oito gols pela seleção italiana e foi o primeiro artilheiro da história da FIFA.

O último grande torneio dessa época, que foi também a última competição disputada no Estádio Colunão, foi o Torneio Internacional de Cannes, Alemanha e União Soviética fizeram a final onde os soviéticos acabaram levando a taça e fechando esse ciclo de campeões do Colunão. Carlos Manuel de Portugal, com 36 gols, foi o artilheiro da competição, e o último dessa fase da FIFA. Neste torneio foram marcados 763 gols em 52 jogos, uma média de 14,6 gols por jogo, a maior já registrada em toda a história.

A FIFA fechou essa época publicando o seu 1º ranking oficial, com 16 seleções, no qual a Alemanha apareceu na liderança.

A próxima competição da FIFA, ainda em 1986, era a Copa do Mundo, assim a federação investiu em um novo campo, de medidas oficiais, comprando o Estádio Brianezi, o primeiro campo oficial da FIFA, e iniciou-se uma nova era nas competições internacionais de botão. E essa era que se encerrava, ficou lembrada posteriormente como a "Era Colunão".

A Liga de Futsal

Foi em 1986, também, que a FIFA resolveu voltar a investir nas competições de clubes no seu país sede, o Brasil. Assim, criou novas competições que foram válidas pela Liga de Futsal. Surgiram novos clubes, foram eles Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Guarani, Ponte Preta, Vasco da Gama e Cruzeiro, que se juntaram as equipes que já faziam parte da Liga de Futsal (a atual "Antiga Liga").

O Estádio Colunão, antes utilizado para as competições entre seleções e que acabara de ficar em desuso com o surgimento do novo Estádio Brianezi (oficial), deu lugar as competições de Futsal. Foram realizadas, na época, três competições: Copa Brasil, Torneio Início da II Copa Brasil e a II Copa Brasil. O Corinthians venceu as três competições, sagrando-se o único e grande campeão do Futsal disputado no Estádio Colunão - o que gerou murmúrios de que a federação estaria favorencendo o Corinthians por esta ser comandada por um corinthiano. Os boatos atigiram uma proporção tal, que a FIFA resolveu novamente restringir as competições entre clubes, voltando a focar-se apenas nas disputas entre seleções.

Depois dessas competições, as disputas entre clubes ficariam paradas por 18 anos. Inclusive, toda a infra-estrutura do Futsal, incluindo o Estádio Colunão e todos os botões que hoje compõem a "Antiga Liga de Futsal", foram levados e deixados em Tremembé, em um sitio no interior de São Paulo, para lá ficarem restritos a disputas amistosas e torneios de inverno, mas, depois de algum tempo, foram abandonados e ficaram perdidos por vários anos até serem re-descobertos num achado histórico, tempos mais tarde.

O Mundo Conhece a Holanda

Com a nova mesa oficial adquirida pela FIFA - o Campo Brianezi -, definitivamente, as competições de botões entraram na era da profissionalização e, se, na "Era Colunão" a seleção que dominou o cenário internacional foi a Alemanha, a era que se iniciava, ainda no ano de 1986, viu surgir uma nova força no futebol, a Holanda. Neste ano, as competições da FIFA renasceram com força total, impulsionadas pela magia do futebol na Copa do México '86.

Como já havia sido previsto pela FIFA, a primeira competição disputada no Campo Brianezi foi a Copa do Mundo, e o país escolhido para sediar o evento foi o Brasil, por ser o país do futebol. A Copa do Mundo reuniu as 16 seleções que compunham a FIFA na época, e foi a primeira competição a distribuir pontos para o campeão, vice-campeão e o 3º colocado - até então os campeonatos mais importantes da FIFA só premiavam com pontos as equipes campeãs. A Copa passou a premiar, também, o melhor jogador com a Bola de Ouro e o artilheiro com a Chuteira de Ouro. Apesar das 16 seleções participantes apenas, a Copa do Mundo teve 52 jogos, com duas fases classificatórias e outra, eliminatória, com oitavas, quartas, semifinais e finais.

A Alemanha e o Brasil eram os grandes favoritos para a conquista da Copa, a primeira por ser a líder do Ranking da FIFA, a segunda por sediar o evento e ter Pelé em campo no auge de sua forma. Quis o destino que as duas seleções se enfrentassem na semifinal e, num jogo dramático, a Alemanha bateu o Brasil nos penaltis e se classificou para a final - o que levou a torcida no Maracanã a deixar correr lágrimas dos olhos. Na final, a Alemanha enfrentou a Holanda, uma seleção pouco conhecida na época e de pouca expressão, cujo feito de chegar a final da Copa do Mundo já era considerado além das expectativas da equipe. O time holandês já havia cruzado com o alemão na segunda fase da Copa, e vencido por 3x1, na final, mostrou que tal vitória não tinha sido por acaso, ignorou o favoritismo alemão e venceu por 2x1, sagrando-se campeã mundial invicta e deixando o mundo de queixo caído diante do feito do time que acabou aclamado como o "Carrossel Holandês". Pelé, que havia levado o Brasil até as semifinais, deu o 3º lugar para o país na disputa contra os uruguaios - eliminados pelos holandeses na outra perna das semifinais - e foi premiado o Bola de Ouro da Copa, e ainda ficou com a Chuteira de Ouro por ser o artilheiro do evento com 17 gols, um record mantido até os dias atuais. Pelé é, ainda, o único jogador a ser Bola e Chuteira de Ouro em uma mesma Copa do Mundo.

O ano de 1986 foi realmente um dos mais ativos da história, após a Copa do Mundo e diante as novas seleções que foram se juntando a federação, entre elas o Peru, a Yugoslávia e o Japão - primeira seleção asiática a surgir -, a FIFA resolveu criar um campeonato que envolvia todas as seleções filiadas, e, também, as que depois viessem a se filiar, uma disputa que formasse uma Liga Internacional de Seleções. Foi criada, então, a II Copa Rocca - que já era uma competição reconhecida mundialmente - com 19 seleções, todas jogando entre si, e as quatro seleções que fizessem mais pontos disputariam um quadrangular eliminatório com semifinal e final. Foi o campeonato mais longo da história, com um total de 175 jogos, na final, a Holanda sagrou-se campeã invicta após vencer todos os jogos da 1ª fase, empatar e vencer nos penaltis a Bélgica nas semifinais e ganhar dos Estados Unidos - grande surpresa da II Copa Rocca - por 2x1 na grande final. jogo que registrou a primeira transmissão via rádio da história do Botão. Krol, craque holandês, foi o artilheiro da Rocca com 38 gols - um record absoluto de gols numa única competição - e passou a ser sinônimo de gol, surgindo a expressão: "Krol..., Gol!!!". Ao final da II Copa Rocca, a Holanda, que já vinha de uma conquista invicta da Copa do Mundo, completou 28 jogos de invencibilidade na sua segunda conquista invicta, outro record até hoje intacto.

Como o número de novas seleções estava sempre aumentando, a FIFA resolveu criar Divisões para a disputa da Copa Rocca, assim, as sete seleções piores colocadas na II Copa Rocca foram rebaixadas para se criar uma segunda divisão na edição seguinte do evento, juntando-se as demais seleções que surgissem, que passou a ser, então, uma divisão de acesso às 12 seleções da divisão principal - a "segundona". Já a divisão principal ficou conhecida como sendo a "elite do futebol", na época, composta por: Holanda, Estados Unidos, Bélgica, Alemanha, Escócia, União Soviética, Inglaterra, Brasil, França, Japão e Portugal.

Durante a II Copa Rocca foi disputado, também, a Taça de Novos, um pequeno torneio para movimentar as mais novas equipes filiadas a FIFA: Peru e Japão da Crack's, e a Yugoslávia da Brianezi, que já haviam participado da Rocca e, também, Dinamarca, Noruega e Marrocos - a primeira seleção africana da FIFA - os três da marca Champion. Disputada no Japão, a Taça de Novos foi vencida pela Dinamarca, que bateu a Noruega na final, foi o surgimento da "Dinamáquina".

Finalmente chegou o ano de 1987, e com ele surgiram as primeiras competições continentais. A primeira delas foi a Copa Europa - realizada na Escócia - o primeiro campeonato a ter uma fase elminatória. Com a filiação de Polônia e Irlanda, a FIFA agora contava com 16 seleções européias, das quais, doze participaram da Eurocopa. A França foi a grande campeã ao vencer a Alemanha na final, esta que, apesar das inúmeras glórias, chegava a sua 3ª derrota consecutiva em finais. Papin, da França, foi o artilheiro europeu com oito gols.

O outro campeonato continental disputado foi a Taça Wesman, que reunia as seleções americanas e dos continentes não-europeus, dentre elas a Arábia Saudita, a primeira seleção do Oriente Médio a se filiar à FIFA. Disputada nos Estados Unidos, os americanos souberam aproveitar a pressão da torcida e o bom momento de sua equipe - que vinha do vice-campeonato da II Copa Rocca - e conquistou o título ao vencer o Brasil na grande final por 5x3 na prorrogação. Maradona, craque argentino, foi o artilheiro da competição com dez gols. Foi neste campeonato que ficou registrado o primeiro gol olímpico em um campo e com regras oficiais, score anotado por Balboa dos Estados Unidos na vitória do seu time sobre o México nas semifinais por 2x0.

Voltando um pouco no tempo, ao ano de 1985, onde havia iniciado o primeiro Desafio da FIFA - ou seja, um campeonato que teve a participação de um técnico adversário - a Gold Cup, que ficara parada por um certo período, e só foi finalizada em 1987 (iniciou no campo Colunão e terminou no Brianezi) - e ainda porque o técnico Pedroom conduziu vários jogos sozinhos na primeira fase do desafio na ausência do técnico desafiante: Traíra de Melo, um velho rival do botão de vários anos. A Gold Cup foi um campeonato longo, com 79 jogos e nove seleções. Na final, o técnico Traíra de Melo conduziu a Alemanha ao título ao bater os Estados Unidos de Pedroom por 4x0. Porém, na contagem dos pontos nos embates entre os técnicos, foi Pedroom quem consagrou-se campeão. Depois dessa participação no título da Alemanha na Gold Cup, uma nova vitória de Traíra de Melo pela FIFA, só viria acontecer 18 anos mais tarde. Porém a história do botão só narra as disputas normais da FIFA, para saber mais sobre disputas entre técnicos, visite a sessão Desafios.

Campionato Mondiale di Calcio

Mantendo a grandiosidade nas competições internacionais, a disputa seguinte foi a II Copa do Mundo - desta vez realizada na Itália. Neste momento, a FIFA decidia realizar as Copas do Mundo nos países sede seguindo a sequência de copas da entidade que lhe é xará. Esta foi também a primeira edição de Copa que teve uma fase elminatória para classificar 16 das 26 seleções filiadas a FIFA, incluindo a Áustria que acabara de surgir. Nessas eliminatórias foi registrada a maior goleada no Campo Brianezi: Irlanda 11x0 sobre a Dinamarca. Como a FIFA havia realizado um torneio comemorativo na 1ª edição da Copa do Mundo - o Torneio Início - resolveu mantér a tradição e adotá-la como padrão para todas as copas. A competição, porém, adotou um molde diferente, de caráter festivo, jogos disputados em dois tempos mais curtos e com regras alternativas, competição com jogos eliminatórios e realizada em um ou dois dias. Empurrada pela torcida, a Itália chegou a final do torneio mas acabou perdendo para o Uruguai, ficando com o vice-campeonato. Jarpën da Noruega e Altobelli da Itália dividiram a artilharia da competição com 4 gols.

A II Copa do Mundo foi uma competição das mais surpreendentes, com alguns rjogos inesquecíveis, como a vitória da Alemanha por 8x2 sobre a Áustria e os 6x1 sobre a Tchecoslovãquia. Teve a surpreendente vitória da Holanda sobre o Brasil por 6x1, depois de um péssimo início de copa dos holandeses. Esse resultado ressussitou a campeã na competição, e eliminou o Brasil que podia perder por até quatro gols de diferença. Ao contrário da primeira edição, esta copa foi amplamente dominada pelos europeus, que ficaram com sete das oito vagas para as oitavas-de-final, somente a Argentina se classificou entre os oito melhores da Copa, mas logo perdeu para a Itália e ficou de fora das semifinais. Além da Itália, as semifinais contaram com os selecionados da França, Holanda e Alemanha e, mais uma vez, Holanda e Alemanha fizeram a grande final da Copa do Mundo. Foi um dos jogos mais cercados de expectativas da história do botão, a grande revanche entre holandeses e alemães na maior competição do futebol mundial. A Alemanha encarou o jogo contra os holandeses como uma guerra, precisava dar o troco da derrota na primeira Copa a qualquer custo. Quando se esperava justamente isto, o troco alemão, inclusive pela brilhante e superior campanha germânica, a Holanda acabou vencendo o jogo com extrema facilidade, marcando 2x0 no placar e sagrando-se Bi-Campeã Mundial - uma conquista inimaginável, até que a história seja reescrita, a maior de todos

os tempos - e a nova bi-campeã acabou sendo batizada de "Laranja Mecânica". Platini, da França, com dez gols, ficou com a Chuteira de Ouro da Copa e Krol, que conduziu a Holanda ao título ao marcar os dois gols na decisão contra Alemanha, ficou com a Bola de Ouro do evento. À Alemanha, restou chorar sua 2ª copa perdida e a 4ª derrota consecutiva em finais, o fantasma do vice, definitivamente, assombrava a seleção bávara.

Holanda - Bi-Campeã Mundial

Ao final da II Copa do Mundo, a FIFA publicou, pela 2ª vez, o seu Ranking Oficial e a Holanda apareceu em primeiro lugar logo à frente da Alemanha.

No ano seguinte, 1988, a FIFA só patrocinou um torneio, a Taça Estrela Vermelha, criada pela federação tcheca em homenagem à um grande clube do seu país. Esse torneio, realizado em jogos eliminatórios, contou com a participação de 32 equipes, dentre as quais algumas seleções e clubes convidados, que foram: Alemanha Oriental, Cobreloa, Santos, Internacional, São Paulo e Corinthians. Pela terceira vez, Holanda e Alemanha chegaram a decisão final, provando que as duas seleções eram realmente as duas grandes forças da época. A partida final foi acirrada, somente decidida nos penaltis - a primeira decisão de campeonato dessa forma - neste momento, prevaleceu a frieza alemã, que conseguiu a vitória. O título e a tão remoída vingança sobre os holandeses, embora a taça não tivesse a mesma importância das duas copas do mundo perdidas, foi comemorado com uma alegria raivosa pelos alemães. Foi a primeira conquista alemã no campo Brianezi e o fim da série de quatro vice-campeonatos que vinha atormentando a nação germânica. Krol e Resenbrink, ambos da Holanda, foram os artilheiros da competição com oito gols cada.

Após esse torneio, as competições da FIFA ficaram paradas durante o ano de 1989 e retornaram com a realização da III Copa Rocca em 1990.

Em 1990 - ano da Copa do Mundo da Itália - a FIFA voltou com força total nas competições internacionais, e retomou as disputas com a III Copa Rocca, o campeonato de seleções mais importante da FIFA depois da Copa do Mundo que, nesta edição, realizava pela primeira vez uma disputa em duas divisões, somando um total de 26 seleções. Além da briga pelo título nas duas divisões, havia a emoção para saber qual a equipe iria ser rebaixada para a segundona, dando lugar a campeã desta para a próxima edição da Rocca. Nesta edição, a Holanda, que era atual campeã, também foi o país-sede do evento.

Os primeiros jogos da Copa Rocca haviam sido realizados em 1987, válidos pela 1ª Divisão, mas com a paralização das competições, só retomaram em 1990, no retorno, a FIFA realizou, primeiramente, as disputas da 2ª Divisão. Além das sete equipes que foram rebaixadas na II Copa Rocca, participaram desta edição as novas seleções filiadas, 14 equipes brigaram em duas fases eliminatórias até a fase final, um quadrangular cujo campeão subiria para a 1ª divisão. Participaram do quadrangular: Uruguai, Tchecoslováquia, Marrocos e Arábia Saudita. O Uruguai, que contava com Francescoli, artilheiro da segundona com sete gols, sagrou-se campeão, e assim retornou para a elite do futebol. Destaque, também, para o goleiro da celeste, Rodolfo Rodrigues, que registrou um record histórico ao ficar mais de duas partidas sem sofrer gols, em um total de 47 minutos de invenciblilidade.

Na divisão principal, a disputa foi feita em dois grupos de seis seleções, as duas primeiras coloadas de cada grupo se classificavam para uma fase semifinal e final. O Brasil se classificou vencendo todos seus jogos e mostrava-se o mais forte candidato ao título, porém, enfrentou a Holanda na semifinal e não conseguiu superar a forte pressão da torcida jogando em Amsterdã, acabando eliminado. Na outra semifinal, a França, campeã européia, bateu a União Soviética e classificou-se para a decisão contra os donos da casa. Jogando em casa, a Holanda, que era a atual bi-campeã mundial e campeã da última da Copa Rocca, não deixou escapar a oportunidade e, após um empate no tempo normal em 3x3, fez 2x0 sobre o time gaulês na prorrogação e sagrou-se Bi-Campeã da Copa Rocca. Ivan Drago, atacante soviético, foi o artilheiro da competição com dez gols, a maioria deles, inclusive, marcados na goleada histórica sobre o Brasil, 8x1, na disputa pelo 3ª lugar. Do outro lado da moeda, Portugal, que perdeu todos seus jogos, ficou na lanterna do campeonato e, assim, foi rebaixado para a 2ª Divisão. A sequência do bi-campeonato mundial e do bi-campeonato da Rocca, conseguida pela Holanda, permanece até hoje como o maior feito glorioso de um time em toda a história do botão.

Ainda em 1990, surgiram três novas seleções, foram elas, Romênia, Hungria e Chile, que fizeram a disputa do Torneio Amistoso dos Iniciantes, vencido pela Romênia. Infelizmente, as novas seleções perderam as inscrições para a disputa das Eliminatórias para a III Copa do Mundo, e acabaram sem a chance de participar da maior competição do futebol mundial que era o próximo campeonato que a FIFA iria realizar.

E o Futebol virou Calcio de Mesa

A França - seleção campeã européia - foi, na sequência pré-estipulada pela federação, a nação escolhida para sediar a III Copa do Mundo que, mais uma vez, reuniu as 16 melhores seleções do globo terrestre. A disputa da Copa iniciou com o tradicional Torneio Início, vencido pela Argentina - o primeiro título da seleção porteña - que bateu a República Tcheca na final. O argentino Caniggia anotou 8 gols e foi o artilheiro do torneio.

A Copa do Mundo foi, mais uma vez, amplamente dominada pelos europeus, o Brasil - sensação da 1ª Copa - novamente caiu na 1ª fase, somente a Argentina conseguiu se classificar para as oitavas-de-final, porém, parou por alí, perdeu para a Itália por 2x1. Outra seleção que caiu nas oitavas foi a Holanda, campeã das duas edições anteriores. A chance do tri-campeonato, que na Copa do Mundo significava a conquista da Taça Julis Rimet, morreu diante da seleção francesa, esta, jogando em casa, mandou os campeões embora e deixou em aberto a disputa da Julis. Além de Itália e França, se classificaram para as semifinais a República Tcheca, sensação da Copa, e a tradissionalíssima Alemanha. Nas semifinais, a Itália bateu a República Tcheca (4x3) e a França, como as duas seleções anfitriãs nas duas copas anteriores (Brasil e Itália), sentiu o peso de enfrentar a Alemanha e, também, saboreou o gosto da derrota diante dos germânicos (6x5), que classificavam-se para terceira final de Copa Mundo consecutivamente, feito único na história da FIFA e das Copas. Na final, a Alemanha, que perdera as duas últimas finais para a Holanda, tinha que vencer e, com melhor campanha, era favorita a conquista. A Itália - apesar de ser o país europeu mais apaixonado pelo futebol - era uma seleção de pouca expressão na FIFA, sendo inclusive, lanterna nas duas últimas edições da Copa Rocca, a última competição que disputara, mas os romanos tinham um trunfo: o novo uniforme da marca Crack's que estreiaram durante a Copa, e que já chegava a decisão do maior de todos os campeonatos.

A disputa final da III Copa foi a mais emocionante de todos os tempos, a mais dramática e a mais longa. O jogo entre Itália e Alemanha foi muito equilibrado, disputado palmo a palmo, minuto a minuto, tal equilibrio acabou resultando em um empate de 3x3 no tempo normal. O jogo foi para a prorrogação, mas o gol teimava em não sair, foi quando aos 4 minutos do segundo tempo, Vöeller fez o gol: a Alemanha colocava a mão na taça. Porém, no apito do árbitro, Carnevale arrematou e marcou o gol salvador para a pátria italiana, estava decretado o empate. O regulamento da Copa do Mundo previa, na época, que, em caso de empate na final, deveria ser realizada uma nova partida, se nesta nova partida o empate persistisse no tempo normal e na prorrogação, a Copa seria, então, decidida nas penalidades máximas. Dessa forma, o mundo teve que esperar pela nova partida para, enfim, conhecer a nova seleção campeã mundial.

Itália - Campeã Mundial

A segunda partida da decisão da Copa foi a melhor de todas as finais de Copas do Mundo, foram dez gols marcados em um jogo cheio de alternativas. Mais uma vez, a história teimou em se repetir, e a repetição veio na forma de uma nova derrota alemã: 6x4 para a Itália - a nova seleção Campeã Mundial - e o futebol de mesa, então, passou a ser conhecido como "calcio de mesa" - festa dos Tiffosi. A Alemanha, derrotada pela 3ª vez consecutiva na decisão da Copa, só restou o inconsolável choro diante de sua maior derrota - com certeza, a maior

da história do botão. Carnevale, autor de dois gols nas finais, sendo um deles, o que salvou a Itália da derrota na primeira partida, foi eleito o Bola de Ouro da Copa e Moravick, da República Tcheca, artilheiro com doze gols, foi o Chuteira de Ouro.

A conquista italiana da III Copa do Mundo foi marcada pelo sofrimento, pela garra e pela glória final obtida de forma extremamente dramática, característica que, a partir de então, passou a ser marca registrada da esquadra azzura.

Após a Copa do Mundo, como já se tornara habitual, a FIFA publicou o seu Ranking Oficial, a Alemanha, com os pontos somados pela conquista do vice-campeonato mundial, retomou a liderança, seguida por Holanda e Rússia. A Itália - campeã mundial - subiu da 9ª para a 5ª colocação.

Campeão dos Campeões

Diante de tantos campeonatos e campeões que surgiam, a FIFA resolveu realizar um campeonato reunindo todas essas seleções campeãs e, assim, organizou a Copa dos Campeões, reunindo todas esquadras que já haviam sido campeãs desde o surgimento da FIFA, foram nove seleções participantes: Alemanha, Holanda, França, Estados Unidos, Itália, Rússia, Bélgica, Argentina e Uruguai. Como se era de esperar em um campeonato que reúne apenas grandes campeões, a disputa foi extremamente equilibrada e apresentou surpresas e decepções. Decepcionaram Holanda e Itália, detentoras dos títulos mais importantes, que não conseguiram chegar sequer às semifinais. A surpresa ficou por conta da Bélgica - vencedora da Copa Bicentenário da Alemanha, ainda no Campo Colunão, e, que, desde tal conquista não chegava na final de qualquer competição, finalmente, voltou a brilhar e chegou à decisão. A adversária da Bélgica na final foi a incansável e sempre presente Alemanha. A Bélgica chegou na final como favorita, vindo de uma sequência mágica de vitórias, deixando para trás adversários como França, Holanda e Uruguai. A Alemanha, porém, mostrou que, apesar de ter falhado na busca do seu título maior, a Copa do Mundo, realmente era a seleção merecedora de receber o título de Campeã dos Campeões, venceu a Bélgica na grande final por 5x3 e chegou, enfim, a uma conquista importante na FIFA nos gramados do Campo Brianezi - sua última conquista importante havia sido a Copa Rio Branco em 1985 (ainda na "Era Colunão") - uma fila que durou longos cinco anos. Ceulemans, da Bélgica, foi o artilheiro dos campeões com 14 gols e o consolo para o time belga, vice-campeão do evento.

Após a Copa dos Campeões, a FIFA resolveu uniformizar as sequências de disputas de seus campeonatos, de forma que entre cada Copa do Mundo, teriam que se intercalar a disputa de outros campeonatos, sendo um deles, obrigatóriamente, a Copa Rocca.

Obedecendo a essa sequência de campeonatos, as competições seguintes seriam as disputas continentais. Foi realizada, então, a II Copa Europa, sediada na Holanda, país que havia mostrado excelente organização na disputa da III Copa Rocca. Nesta Eurocopa, a FIFA resolveu aumentar o número de vagas de participantes de 12 para 16 seleções, e abriu essas quatro novas vagas para as mais novas seleções do velho continente que haviam ficado de fora da última Copa do Mundo, algumas que, inclusive, haviam se filiado à FIFA somente após o início de tal competição. Foram seis seleções disputando as vagas em uma fase eliminatória. A II Copa Europa utilizou a mesma fórmula de disputa da Copa Bicentenário da Alemanha, um mata-mata no qual a equipe que perdia dois jogos era eliminada (até as semifinais). Dentro dessa fórmula, algumas seleções surpreenderam, dentre as quatro seleções semifinalistas, apareceram a Inglaterra, Espanha, a jovem Polônia e a atual campeã européia, França - que partia em busca do bi-campeonato. Para as finais, avançaram Espanha e França. A França, mesmo considerada azarã para essa decisão, acabou vencendo os espanhóis por 5x4 e sagrou-se Bi-Campeã - juntando-se a Holanda no hall das seleções que possuiam duas conquistas consecutivas em uma mesma competição. O centro-avante francês Papin foi o artilheiro da Eurocopa com 14 gols.

Dando sequência as disputas continentais, o campeonato seguinte foi a II Taça Wesman, que incluia as seleções dos continentes não-europeus. Ao contrário da Eurocopa, a Taça Wesman foi dominada pelas mais tradicionais seleções sul-americanas, com excessão do novato Chile que chegou em 4º lugar, o Brasil ficou com a 3ª colocação e a final foi entre Argentina e Uruguai - as duas maiores forças do futebol sul-americano da época. A final entre Argentina e Uruguai registrou o maior record de gols em finais de toda história, foram doze gols marcados em um jogo com muita emoção e rivalidade, ao final do tempo regulamentar o placar apontou 7x5 para o Uruguai, que ficou com o título da Wesman - a primeira conquista importante da celeste dentro do Campo Brianezi. Para a Argentina, restou o consolo de ter o atacante Burrochaga como artilheiro da competição com 15 gols.

Ainda em 1990, a FIFA criou um novo campeonato, uma homenagem feita pela federação inglesa de futebol - país inventor do football - a um dos maiores jogadores da história da FIFA, o maior artilheiro das Copas, assim surgiu a Copa Pelé. Além de uma homenagem à Pelé, essa a copa era uma homenagem à própria Copa do Mundo - evento que sempre exerceu uma forte influência na FIFA - tanto que a forma de disputa e os participantes da Copa Pelé eram baseados nas Copas do Mundo de verdade. Nesta 1ª edição, a Copa Pelé reuniu todas as seleções campeãs e vices mundiais mundiais, dentre elas, Brasil, Argentina, Uruguai, Alemanha, Itália, Inglaterra, Holanda, Hungria e República Tcheca. A final da Copa Pelé foi a primeira da história a ser disputada em duas partidas, de ida e volta, fórmula adotada em toda competição. O Brasil, que buscava honrar o nome de seu rei do futebol, foi finalista ao lado da, mais uma vez, Alemanha. No primeiro jogo, a Alemanha não tomou conhecimento do Brasil - seleção de fraco desempenho na FIFA - e goleou impiedosamente: 7x1, colocando as duas mãos na taça. A partida final da decisão virou uma mera formalidade para que a Alemanha fizesse a festa pela conquista, e a festa também se fez em campo com uma nova vitória alemã por 3x0. Pelé, após a partida, teve que se render a força alemã e, pessoalmente, entregou a taça ao capitão do time germânico. Caniggia, da Argentina, foi o artilheiro da competição com oito gols. O Brasil, apesar da derrota na final, comemorava o bom desempenho na competição com o vice-campeonato, feito que não conseguia desde que disputou e perdeu a final da I Taça Wesman para os Estados Unidos.

A última competição do ano de 1990 foi a IV Copa Rocca, que acabou se alongando até o início de 91, quando foram realizadas as finas da competição, desta vez, com um número record de participantes: 29 seleções se degladiaram em duas divisões. A Bélgica foi a nação que sediou as disputas desse campeonato.

A segundona foi disputada, novamente, em jogos eliminatórios, em partidas de ida e volta. Participaram da competição, pela 1ª vez, as seleções da Áustria, Romênia e Chile e, dentre todos os demais participantes, um deles destoava como favorito ao título e a vaga na 1ª divisão: a Itália - que era a Campeã Mundial. E assim se confirmou, a Itália passou por Dinamarca, Argentina, República Tcheca e o Peru na final, para sagrar-se campeã da 2ª divisão, garantindo a passagem para a elite do futebol. Barbadillo, do Peru, foi o artilheiro da segundona com treze gols.

Na primeira divisão foi realizada uma disputa em dois grupos de seis equipes, que classificava para a fase final, oito seleções, então, as oito esquadras se enfrentavam em quartas, semifinais e finais até se chegar à equipe campeã. As duas piores seleções de cada grupo faziam a "disputa da morte", para saber quem iria para a segunda divisão. Logo no início da 1ª fase, um fato histórico: o registro da disputa do milésimo jogo oficial da FIFA, que foi entre Alemanha e Estados Unidos - duas das seleções mais tradicionais da história - o placar final foi um empate em 3x3. Os destaques da Rocca foram as seleções do Brasil e do Uruguai - a força dos sul-americanos - que classificaram-se em 1º lugar em suas chaves e juntaram-se as demais seleções, todas européias, nas quartas-de-final. Enquanto isso, na disputa de último lugar, a Yugoslávia despachou o Japão para a segundona e escapou da degola. Nas quartas-de-final, o Brasil, que havia sido a melhor seleção na 1ª fase, foi surpreendido pela Escócia - que havia se classificado apenas na repescagem - e deu adeus de forma vexaminósa da competição. Além dos escoseses, classificaram-se para as semifinais o Uruguai, a Alemanha e a Rússia - quatro das mais tradicionais equipes da FIFA. A Rússia acabou com a surpresa escosesa e foi à final contra a Alemanha, que bateu o Uruguai - a força sul-americana vista no início da competição dava seu último suspiro e se contentava com a 3ª colocação obtida na vitória celeste sobre a Escócia na disputa do 3º lugar. Rússia e Alemanha já haviam se enfrentado em uma final, na época, a então União Soviética bateu a Alemanha por 8x7 na final do Torneio Internacional de Cannes, ainda na Era Colunão. A Alemanha vinha embalada da conquista da Copa Pelé e partia para a sua segunda conquista em sequência, porém, esbarrou na força da Rússia que tinha Mikhaijlichenko, artilheiro da competição com 16 gols, e que terminou por vencer a final por 6x3, ficando com o título inédito da Copa Rocca. A Alemanha, apesar de ainda líder do ranking e, com mais essa participação em final, re-afirmando ainda mais o seu record de ser a seleção com mais participações em finais de campeonatos, por outro lado, mostrava um estigma de fracassos nessas disputas, perdendo mais finais do que vencendo. Apesar disso, nunca deixou de ser considerada "a melhor de todos os tempos".

Após o término da IV Copa Rocca, já no início do ano de 1991, a única disputa iniciada foi, e que acabou se extendendo até o ano de 1992, a reedição da Copa Rio Branco - um dos maiores campeonatos realizados na Era Colunão - que a FIFA trazia agora em sua 2ª edição. A II Copa Rio Branco contou com 24 seleções, as 21 melhores do ranking oficial e as demais seleções da FIFA que disputaram as três vagas restantes numa fase elminatória. O país sede do campeonato foi a Yugoslávia. A fórmula de disputa da II Copa Rio Branco consistia em uma tabela exatamente igual a da Copa do Mundo - Espanha'82. A disputa apresentou algumas surpresas, as tradicionais seleções européias ficaram pelo caminho, abrindo caminho para que novas seleções brilhassem, dentre elas, a República Tcheca e a Romênia, semifinalistas do evento e adversárias respectivamente de Argentina e Uruguai. Porém, nas semifinais, prevaleceu a força das duas maiores forças do futebol sul-americano que, desta feita, não pipocaram e acabaram decidindo o título. As duas rivais sul-americanas vinham de uma recente decisão na II Taça Wesman, na qual o Uruguai vencera a Argentina, desta vez, na II Copa Rio Branco, foi a vez da Argentina dar o troco para cima dos uruguaios, venceu a final por 3x2 e ficou com o título - a primeira conquista de destaque da seleção porteña - que ainda anotou o artilheiro da competição, Passarela, com 11 gols.

Bom no Samba, Bom no Feltro

Já em 1992, a FIFA deu uma pausa nos grandes campeonatos para a realização de mais um torneio, a Copa Aston Villa, criada e organizada pela federação inglesa de futebol em homenagem à uma agremiação local. A Copa Aston Villa seguia os mesmos moldes da Taça Estrela Vermelha, disputada anos antes: 32 equipes se enfrentavam em jogos eliminatórios até chegar-se à seleção campeã. Como a FIFA contava com um total de 29 seleções, foram convidados três times para completar as três vagas restantes, e essas foram as seleções da Lituânia e do Líbano além do time do Corinthians, todos botões amadores. Depois de muitas brigas e partidas emocionantes, França e Alemanha chegaram as semifinais e enfrentaram, respectivamente, Brasil e Yugoslávia. Enquanto se esperava que Alemanha e França - duas forças do botão - partissem para mais uma decisão de campeonato, foi justamente o contrário que aconteceu, Brasil e Yugoslávia, consideradas azarãs, fizeram a grande final da Copa Aston Villa. Na final, a seleção canarinho, que vinha mostrando muita evolução nas últimas disputas, não deu chances para a Yugoslávia e venceu a decisão por 2x1, chegando assim, a sua primeira conquista. Enfim o sofrido povo brasileiro pôde comemorar uma glória de sua seleção, mesmo que num torneio de pouca importância como a Copa Aston Villa. Dois goleadores dividiram a artilharia da competição, o brasileiro Müller e o russo Protasov, que marcaram oito gols cada.

Europa Versus América

Após a Copa Aston Villa, a FIFA - cuja uma de suas atribuições era contabilizar todas as disputas válidas pela federação, tanto para controlar o ranking oficial de seleções, como para trazer dados interessantes de suas disputas ao conhecimento dos fãs, publicou uma tabela que contabilizava todos os títulos disputados tanto por continentes, quanto por marcas de botão. Tais dados mostravam um amplo domínio de conquistas das seleções européias e dos botões da marca Crack's. A publicação da tabela, que colocava as seleções européias em grande vantagem sobre as americanas em totais de conquistas, gerou uma controvérsia sem precedentes na história. De um lado os europeus contavam vantagem, se dizendo muito superiores aos americanos, já estes questionavam o domínio europeu devido ao continente possuir um número bem maior de seleções filiadas e que, se houvesse uma competição onde europeus e americanos disputassem em igualdades de números, a força do novo mundo subjugaria fácilmente as do velho continente. Os europeus rebatiam dizendo que venceram as três copas do mundo até então realizadas, os americanos retrucavam com um desafio: "veremos na próxima Copa". Para pôr um fim na controvérsia e trazer essa rivalidade toda para uma esfera mais salutar - a do campo de jogo - a FIFA resolveu criar uma competição que colocaria frente à frente, uma seleção da Europa e outra da América. Nasceu assim, a Copa Intercontinental, campeonato cujo título seria sempre decidido por uma seleção americana e outra européia, para isso, a disputa final deveria ser feita em um país neutro, e o Japão foi a nação escolhida para sediar esse jogo final. Para se chegar as duas seleções que iriam fazer essa decisão, a FIFA criou duas disputas envolvendo as melhores seleções de cada continente, do lado americano, as sete seleções do continente disputaram a Copa Libertadores da América, do lado europeu, as melhores seleções classificadas na última Eurocopa disputaram a Recopa Européia.

A Libertadores de América foi decidida pelas duas maiores forças locais do continente, Argentina e Uruguai, que partiam para sua 3ª final consecutiva. Como acontecera na última decisão entre essas duas esquadras, a Argentina bateu o Uruguai por 5x4 e foi a seleção que representou a América na disputa contra os europeus em Tókio. Na Recopa Européia, a disputa final foi entre a França - a bi-campeã européia - que buscava a supermacia total no continente europeu, e Holanda, seleção bi-campeã mundial, mas que há algum tempo não chegava em uma decisão. Na final, a força dos holandeses superou a dos franceses: 5x2 e a Holanda qualificou-se para representar a Europa na decisão final contra a Argentina. Na final no Japão, criou-se muita expectativa para a decisão que rivalizava os dois maiores continentes do futebol mundial - e a decisão final era feita em apenas um jogo. Na partida, a Holanda não tomou conhecimento do time porteño, goleou por 5x2, chegou ao seu 5º título e, de quebra, aumentou ainda mais a supremacia européia sobre as seleções americanas no âmbito das disputas em finais. A França, que não conseguira chegar a decisão em Tókio, ainda assim, ficou com o goleador da competição, Rocheteau, com dez gols.

A competição seguinte organizada pela FIFA foi a II Copa Pelé que, desta feita, reeditou a 2ª fase da Copa do Mundo da Espanha '82. Dentre os quatro finalistas, Alemanha e França repetiram o confronto que aconteceu na Copa da Espanha e, assim como aconteceu em 82, a Alemanha - que era a atual campeã da Copa Pelé - bateu a França por 6x1 e se classificou para a final, rumo ao bi-campeonato. A outra semifinal não reeditou nenhuma seleção da Espanha'82, o Brasil enfrentou e venceu a Rússia por 7x6, em uma dramática prorrogação, e partiu para a final, novamente contra os alemães, desta vez tentando mudar a história e dar o troco no time germânico. Repetida as duas seleções que haviam feito a final na I Copa Pelé, esperava-se uma grande disputa, ao contrário da final passada, na qual a Alemanha vencera o Brasil com o pé nas costas. Desta vez, porém, a disputa foi equilibrada, após um empate no 1º tempo em 2x2, o Brasil enfiou três gols na Alemanha na etapa final, fechando o placar em 5x2 e, enfim, pôde homenagear com o título o seu maior jogador, Pelé - patrono da disputa. Finalmente, o Brasil conquistava um campeonato importante, que valia pontos para o ranking - até então a seleção canarinho só vencera alguns torneios - a torcida brasileira começava a tomar gosto pelas conquistas de sua seleção. A vitória do Brasil representou a quebra de uma velha estigma, um velho tabú, no qual o Brasil esbarrara muitas vezes: o time da Alemanha que, desde a fundação da FIFA, por inúmeras vezes, eliminou o Brasil de várias disputas, a mais dolorosa, sem dúvida, foi a da 1ª Copa do Mundo, quando o time canarinho caiu nas semifinais, nos penaltis e em pleno Maracanã. Enfim o Brasil aprendera a vencer a Alemanha. À Alemanha, preocupava a volta da assombração fantasmagórica das derrotas em finais, com esta última, o time germânico contabilizava a 8ª derrota em 14 finais disputadas e a 2ª consecutiva - mas, ao menos, restava o consolo de ter Vöeller como artilheiro da competição com dez gols.

IV Copa do Mundo

Realizada a Copa Rocca, as disputas continentais e mais duas edições da Copa Pelé, a competição seguinte seria novamente, a IV Copa do Mundo, nesta edição, sediada pelo Uruguai. 27 seleções disputaram as mais longas eliminatórias até então, brigando pelas 14 vagas para a Copa (além do Uruguai, país sede, e da Itália, a última campeã). Antes da Copa, houve a realização do tradicional Torneio Início, vencido pela Polônia, que bateu o selecionado local, o Uruguai, nos penaltis na decisão final do torneio. Com apenas três gols, o Torneio Início da IV Copa do Mundo teve três artilheiros máximos: Vöeller da Alemanha, Francescoli e De Leon, ambos do Uruguai.

No evento principal da Copa do Mundo, a FIFA resolveu adotar uma nova fórmula de disputa, seguindo as fórmulas que eram utlizadas nas Copas do Mundo reais desde o início dos tempos. Além da escolha do país sede que seguia os mesmos das Copas reais, apenas em uma diferente ordem. Assim, a IV Copa do Mundo do botão utilizou a mesma sistemática de classificação da IV Copa do Mundo do Brasil'50: 16 seleções divididas em quatro grupos, somente o campeão de cada grupo avançava à fase final, na qual se enfrentariam em turno único, a seleção campeã dessa fase, então, ficava com o título mundial. As seleções vice-campeãs de cada grupo na 1ª fase ainda faziam uma disputa, mata-mata, que valiam pelas colocações do 5º ao 8º lugar.

Na 1ª fase da Copa do Mundo, duas seleções se classificaram para o quadrangular final vencendo todos seus jogos: a Polônia - monstrando que não era à toa que vencera o Torneio Início -, deixando para trás, novamente, o próprio Uruguai, em uma goleada de 6x1 em pleno Estádio Centenário -; e a Argentina, que despachou, em seu grupo, a Itália - seleção que lutava pelo bi-campeonato. As outras duas seleções finalistas tiveram mais dificuldades para se classificar, mas, também, chegaram invictas à fase final, foram elas: Brasil - que eliminou a Alemanha das finais - e a Holanda - bi-campeã mundial que, depois do fracasso na última Copa, voltava a garantir presença entre os quatro melhores do mundo. Enquanto a Itália garantia a 5ª colocação do Mundial na disputa do 5º ao 8º lugar, a fase final da IV Copa mostrou muito equilíbrio, o Brasil abriu a 1ª rodada vencendo a poderosa Holanda por 3x2 enquanto a Argentina vencia a Polônia por 2x1. Na segunda rodada, o Brasil ficou no empate com a Polônia (2x2) e a Holanda venceu a Argentina (3x2). Com esses resultados, as quatro seleções chegaram à 3ª e decisiva rodada da final com chances de ficar com o título, mas a vantagem era do Brasil, único que dependia unicamente de uma vitória para garantir a taça. O adversário canarinho era a Argentina, esta precisava vencer o Brasil e torcer contra a Holanda que enfrentava a Polônia. As atenções todas se voltaram para o primeiro jogo da rodada final, entre Brasil e Argentina, que poderia decidir o título - nunca a Copa esteve tão perto do continente americano. O jogo foi dramático, com muito nervosismo, o Brasil saiu na frente do placar e abriu 2x0 no marcador, a Argentina reagiu marcando um gol, mas ficou nisso, 2x1, e o Brasil chegava à glória máxima do futebol - Campeão Mundial, e o gostinho da conquista ainda vir sobre o seu maior rival sul-americano, a Argentina. O país, que era famoso por ser bom no samba, passou a ser conhecido também por ser bom no feltro -

material do qual as bolas são feitas - embora, nesta época, as disputas fossem feitas com bolas de lã e pensava-se que eram de feltro. No encerramento da rodada e da Copa, a Polônia venceu a Holanda por 3x1 e ficou com o vice-campeonato, tornando-se a grande sensação da Copa, deixando a Argentina em 3º lugar, seguida pela Holanda em 4º. Valdeir, centro-avante brasileiro, autor de gols decisivos para a conquista brasileira, foi aclamado o Bola de Ouro da Copa e Van Basten, da Holanda, foi o Chuteira de Ouro com nove gols marcados na Copa.

Brasil - Campeão Mundial

Após a Copa, a FIFA publicou mais uma vez o seu Ranking Oficial, no qual a Alemanha manteve a primeira colocação, seguida de Holanda e França. O Brasil pulou do 11º para o 4º lugar com as conquistas da Copa do Mundo e da Copa Pelé.

O Grand Slam

A partir do ano de 1993, a FIFA resolveu uniformizar ainda mais as sequências de disputas de seus campeonatos, de forma que entre cada Copa do Mundo e cada Copa Rocca, teriam que se intercalar, obrigatóriamente, a disputa de outros campeonatos que compunham as disputas oficiais da federação. Esses campeonatos, que valiam pontos para o ranking oficial da entidade, faziam parte de uma sequência de disputas oficiais que já vinha sendo obedecida há três anos, à essa "sequência" de disputas, a FIFA batizou de Grand Slam - na época conhecida também como "Gerações"* - que equivalia a uma temporada, porém essa temporada não tinha prazo fixo para ser disputada, somente uma sequência pré-estabelecida de competições. Os campeonatos que faziam parte do Grand Slam, além da Copa do Mundo e da Copa Rocca, eram as disputas continentais: Copa Europa e Taça Wesman, a Copa dos Campeões e a Copa Intercontinental, assim como outros campeonatos importantes, que eram incluídos no Grand Slam de tempos em tempos, tais como a Copa Pelé e Copa Rio Branco. A seleção que somasse mais pontos pelas conquistas dos campeonatos válidos pelo Grand Slam, seria a campeã do mesmo, ou seja, a grande campeã da temporada. Conforme a sequência determinada pela FIFA, a primeira disputa oficial do Grand Slam se iniciava no presente ano, 1993, com a II Copa dos Campeões.

Aproveitando a oportunidade da criação do Grand Slam, a FIFA resolveu reconhecer todas as disputas anteriores como os primeiros Grand Slams já realizados, usando como referência as disputas da Copa Rocca e os anos que envolveram tais disputas. Dessa forma, ficaram reconhecidos os campeonatos da "Era Colunão", de 1984 à 1986, como o 1º Grand Slam, vencido pela Alemanha. Os campeonatos disputados de 1987 à 1989 foram reconhecidos como o 2º Grand Slam, vencido pela Holanda. O 3º Grand Slam compreendeu as disputas do ano de 1990, e foi vencido pela Itália. E, finalmente, o Brasil era o vencedor do 4º Grand Slam - encerrado ao final da IV Copa do Mundo - disputado de 1991 à 1992. Assim, Alemanha, Holanda, Itália e Brasil foram consagradas como as maiores forças do botão da história até aquele momento, o ano de 93.

A II Copa dos Campeões era a primeira disputa oficial do 5º Grand Slam da FIFA, nessa edição, a Copa dos Campeões incluiu apenas as seleções que haviam conquistado campeonatos válidos pelos quatro Grand Slams já realizados, ficando de fora as seleções que haviam ganho apenas torneios não válidos para o ranking da federação. A seleções participantes foram: Alemanha (que defendia o título), Holanda, Itália, Brasil, França, Uruguai, Argentina (que sediou a Copa), Rússia e Estados Unidos, na prática, só a Bélgica que participara da 1ª edição é que acabou ficando de fora desta edição, e a novidade era a participação do Brasil, o mais jovem campeão do seleto grupo. Na 1ª fase, três das nove seleções participantes deram adeus à disputa, uma delas, o Brasil, que não soube aproveitar o embalo da conquista da Copa do Mundo e acabou sendo subjugado. Seis seleções disputaram, em duas chaves de três seleções e em jogos de ida e volta, as semifinais do evento. O destaque das semifinais foram a goleada de 6x0 da Alemanha sobre a Itália e a incrível lavada da Holanda sobre a Argentina por 9x1, ironicamente, as duas seleções que golearam ficaram de fora da final e, justamente, Itália e Argentina, que sofreram as goleadas, fizeram a final da Copa dos Campeões. Alemanha e Holanda ainda tiveram o consolo da disputa do 3º lugar, vencida pelos alemães por 5x1. Disputada em duas partidas, as finais aconteceram sob um clima de muita rivalidade, apesar de jogar pressionada pela torcida argentina em Buenos Aires, a Itália conseguiu equilibrar a disputa e, após um empate de 3x3 na primeira partida, passeou sobre os argentinos na finalíssima, 5x1, calando o Estádio Monumental de Nuñes, o título de Campeão dos Campeões voava de Buenos Aires para Roma - foi a segunda grande conquista da Itália na FIFA -, a Azurra voltava a vencer depois da conquista da III Copa, após três anos de fila. Pierre Littbarski, da Alemanha, foi o artilheiro da Copa com dez gols.

Trois Fois, Les Bleus!

As competições seguintes do Grand Slam eram os campeonatos continentais, que, desta feita, apresentavam algumas novidades. A Taça Wesman - que em duas edições reuniu os países não-europeus, deu lugar a Copa América, esta, passou a englobar as sete seleções do continente americano, além de três seleções convidadas: Marrocos, Arábia Saudita e Japão. A outra novidade era a fórmula das competições, tanto da Copa América como da Copa Europa: as seleções classificadas entravam na competição em uma disputa eliminatória, um mata-mata que classificava metade das seleções para a fase final, disputada em pontos corridos para conquista do título.

França - Tri-Campeã Européia

A disputa da III Copa Europa se iniciou na fase classificatória, com 17 seleções lutando por onze vagas para se juntarem à França que, além de sediar o evento, era a campeã das duas edições anteriores, brigando pelo tri-campeonato. As doze seleções, então, se enfrentaram em uma eliminatória simples para se chegar à fase final. Alguns confrontos se destacaram nessa fase, tais como a dramática vitória da Itália sobre Portugal na prorrogação (4x3) e a dificílima vitória da França, jogando em casa, contra a Irlanda por um

magro 1x0. Na fase final, a França soube aproveitar o apoio de sua torcida, passou por todos seus adversários - 4x3 Alemanha, 2x1 Bélgica, 5x3 Itália, 2x1 Rússia e 2x1 Holanda - e sagrou-se Tri-Campeã Européia - a primeira, e até hoje, única seleção a conquistar três edições consecutivas de um mesmo campeonato e, assim como na 1ª edição, desta feita, também de forma invicta. A Itália, vice-campeã, teve o melhor ataque da competição, com 21 gols e a Alemanha, 3ª colocada, teve o goleador da competição, Vöeller, com oito gols anotados.

A Copa América também começou com muita emoção na fase eliminatória, onde as dez seleções participantes se enfrentaram em um mata-mata de ida e volta. Destaque para algumas goleadas que foram fundamentais para a classificação das equipes para a fase final: Argentina 5x2 México, Brasil 5x0 Uruguai e Estados Unidos 6x0 Chile. O Peru - país sede da competição - se classificou para as finais batendo o Marrocos. Na fase final, o Brasil - que vinha da conquista da Copa do Mundo - não deu chances aos adversários, venceu todas as partidas - 2x1 EUA, 5x3 Argentina, 4x0 Japão e 7x0 Peru - ficando com o título da Copa América de forma invicta. Para completar a glória, o Brasil ainda teve o melhor ataque, 26 gols, e o artilheiro da competição, Valdeir com dez gols.

Ainda em 1993, a competição seguinte foi a V Copa Rocca, nesta edição, sediada pela Itália e que se iniciou com a disputa da 2ª divisão. Desta vez, a segundona foi disputada em uma eliminatória simples, 17 seleções disputaram duas fases eliminatórias até se chegar aos quatro finalistas que disputariam a sonhada vaga para a elite do futebol. Dentre as finalistas, estavam as seleções vice e 3ª colocada no último mundial, Polônia e Argentina, além de Chile e Dinamarca. Como se esperava, Argentina e Polônia monopolizaram a disputa pelo título e, no embate direto, ficaram em um empate por 1x1, mas a Argentina garantiu o título com uma bela goleada sobre o Chile (6x0), e ficou com a vaga para a divisão principal da Rocca. Sabau, da Romênia e Caniggia, da própria Argentina, foram os artilheiros da competição com sete gols cada.

A primeira divisão da V Copa Rocca foi disputada no início de 1994, e ficou marcada por ser a edição com menor número de jogos disputados, foram 32 partidas apenas, até se conhecer a seleção campeã. Na primeira fase, as 12 seleções foram divididas em 2 grupos, a campeã de cada grupo se classificava para a grande final. A melhor seleção da 1ª fase foi o Uruguai, que se classificou para a finalíssima ao lado da Rússia - duas seleções tradicionalíssimas da Copa Rocca. Brasil e Holanda fizeram a disputa pelo 3º lugar, vencida pela seleção verde-amarelo por 4x3. Na final, a Rússia, que buscava o bi-campeonato, não deu chances ao Uruguai, goleou a equipe celeste por 7x2 e conquistou o título da Copa Rocca pela segunda vez consecutiva - a terceira seleção a conquistar um bi-campeonato na FIFA. Romário, do Brasil e Van Basten, da Holanda, foram os artilheiros máximos da V Copa Rocca com dez gols cada. A Inglaterra foi a seleção a escrever seu nome na vergonhosa lista dos rebaixados da Copa Rocca.

A competição seguinte foi a III Copa Pelé, que recriou a 2ª fase da Copa do Mundo do México '86. Disputada em fases eliminatórias, de um lado Alemanha e Brasil - campeões da I e II Copa Pelé respectivamente, fizeram uma das semifinais, ou uma final antecipada, como foi vista a disputa na época. O Brasil venceu por 6x5 em um jogo muito disputado e se classificou para sua terceira final consecutiva na Copa Pelé, rumando ao bi-campeonato. Na outra chave, assim como no México '86, quando o mundo conheceu a Dinamáquina, a seleção escandinava não decepcionou como na Copa real e, passando pelo tradicional Uruguai (5x3), chegou à final para enfrentar o Brasil. A Final foi um jogo muito disputado, após um empate em 2x2 no tempo normal, o jogo foi decidido na prorrogação, na qual o Brasil deu tilt na Dináquina pelo placar final de 3x2, chegando, assim, ao bi-campeonato da Copa Pelé - a 4ª seleção da FIFA a conquistar duas edições de um mesmo campeonato, passando a figurar no seleto hall de bi-campeões que continha Holanda, França e Rússia. Bebeto, do Brasil, e Elkejaer Lanncer, da Dinamarca, foram os artilheiros máximos da competição com oito gols cada.

A Última Glória do Século XX

Além de todos os campeonatos disputados, o ano de 1994 - ano da Copa do Mundo dos Estados Unidos - entrou para a história por ser o último ano de disputas da FIFA dentro do século XX. A última disputa foi a II Copa Intercontinental, campeonato que rivalizava os continentes da Europa e da América, disputado por um representante de cada continente em um jogo final em Tókio, Japão. Como na edição anterior, a final da II Copa Intercontinental foi disputada entre o campeão da II Copa Libertadores de América e o campeão da II Recopa Européia, com apenas com um diferencial em relação à primeira edição: o último campeão, tanto da Libertadores quanto da Recopa, já entravam na fase final das disputas locais.

Na II Copa Libertadores de América, seis seleções brigaram na 1ª Fase para se juntar a Argentina na fase final do evento, e foram elas Brasil, Peru e Estados Unidos. As quatro seleções finalistas, então, brigaram entre si em uma disputa de pontos corridos para se chegar à seleção campeã, que representaria a América em Tókio. O Brasil era o grande favorito para a conquista, pois vinha de importantes conquistas, e se esperava da Argentina - que defendia o título - a rival para enfrentar a seleção canarinho. Porém, o time porteño decepcionou e quem brigou com o Brasil pelo título foram os Estados Unidos, porém, só tentou. Com uma vitória sobre a Argentina (6x5) e uma goleada de 4x0 sobre o Peru, o Brasil garantiu o título - o segundo consecutivo no ano - mesmo perdendo para os Estados Unidos (4x2), que ficou com o vice-campeonato. Romário, o baixinho do Brasil, foi o artilheiro da competição com dez gols.

A II Recopa Européia teve a participação das seis seleções melhores classificadas na III Copa Europa, que brigaram por três vagas nas finais, ao lado da última campeã, a Holanda, para, então, fazerem uma disputa de pontos corridos e assim se chegar à campeã. Na fase final, além da Holanda, classificaram-se Rússia, Itália e a azarã, Irlanda. Itália e Holanda passaram por seus dois adversários comuns e fizeram a última partida das finais em um jogo que valia o título. Em uma disputa emocionante, a Itália garantiu a vitória (3x2), papando mais um título para a Azurra e carimbando o passaporte para Tókio. O centro-avante italiano Schilatti foi o artilheiro da Recopa com dez gols.

Na grande final em Tókio, Brasil e Itália fizeram a disputa para ver qual continente superava o seu rival: América ou Europa. Como na edição anterior, a Europa levou a melhor sobre a América e levou novamente a II Copa Intercontinental: vitória da Itália por 5x3 sobre o Brasil. Schilatti, o goleador italiano na Recopa, com mais três gols marcados na decisão no Japão, somou treze gols no total e foi o artilheiro máximo da competição. O título para a Itália não representou somente a supremacia da Europa diante da América, tanto na disputa direta através da Copa Intercontinental, quanto na somatória total de conquistas em toda a História da FIFA, ela ficou marcada por ter sido a última disputa da federação no século XX, e, assim, a Itália acabou entrando para o Hall da Glória - o Hall frequentado pelas maiores seleções campeãs da FIFA - como a última campeã oficial do século XX e do Campo Brianezi, pois a II Copa Intercontinental viria a ser, conforme seu destino contará logo adiante, o último campeonato disputado no campo oficial da FIFA.

O término da II Copa Intercontinental também representou o fim das competições de botões por um longo período, infelizmente, o presidente da FIFA - Pedroom - que iniciara as disputas da federação ainda menino (com onze anos de idade), em 1994, já estava com 23 anos, e as obrigações da vida adulta com faculdade e trabalho, o forçaram a deixar de lado o botão - ao menos durante algum tempo. Sendo assim, as competições da FIFA ficaram paradas até o ano de 2000, e as disputas oficiais (válidas pelo Grand Slam), só retornaram dez anos mais tarde, em 2004, mas já no século XXI.

A II Copa Intercontinental também representou o encerramento da disputa do V Grand Slam (5ª geração), embora ainda estivessem previstas as disputas de outros campeonatos para tal edição do Grand Slam, entre os quais a V Copa do Mundo e outras competições oficiais novas que iriam ser incluídas no circuito mundial. Essas competições acabaram não sendo realizadas com a paralização das competições por longos dez anos e, quando retornaram, a FIFA resolveu fechar a disputa do V Grand Slam e iniciar um novo Grand Slam. Com isso, a seleção que somou mais pontos pela conquista dos campeonatos do circuito oficial do V Grand Slam foi a Itália. Pela segunda vez, a Itália chegava ao título máximo, a conquista da temporada, a primeira e única seleção a vencer duas temporadas (III e V Grand Slams). Assim, a conquista italiana do V Grand Slam, ficou conhecida como a última grande glória do século XX dentro da história do botão.

O Triste Fim do Campo Brianezi

Ao término do ano de 1994, iniciou-se um longo período de inatividade na FIFA, nesta época, Pedroom, já com 23 anos de idade, fazendo faculdade, procurando emprego e estágios, tinha muitas preocupações e, com isso, teve de deixar um pouco de lado as disputas do botão. Com a paralização das competições, o Estádio Brianezi ficou recolhido, guardado, esperando o momento da volta dos jogos e das grandes disputas, o soar da canção que diz: "Vai começar de novo! É novamente tempo de emoção!". O campo ficou guardado na casa de Pedroom e atrás de um armário em um corredor ao lado do banheiro da casa. Um dia, porém, um desastre ocorreu, algum infeliz deixou a torneira do banheiro aberta causando um grande vazamento de água. A água acabou se evadindo do banheiro e tomou conta do corredor e por pouco não inundou a casa inteira. Ao enxarcar o corredor, a água acabou molhando a mesa de botão que alí estava e esta, por ser constituida de madeira porosa, absorveu parte do líquido. Resultado: a parte da mesa que tocava o chão e se molhara passou a apodrecer, o campo ficou totalmente empenado e, no lado acidentado, sua borda começou a se soltar. Era o início do fim do Estádio que abrigou a maior parte das emoções da FIFA até aquele momento.

Copa das Confederações

Apesar de praticamente destruído, ainda era possível se jogar no Estádio Brianezi, mesmo que em condições precárias, com o campo mais se parecendo com um terrão de disputas varzeanas do que com o estádio que abrigara quatro Copas do Mundo. Pensando ainda em um possível concerto, no ano de 2000, o campo foi levado para o Guarujá, no apartamento de veraneio de Pedroom, situado na praia do Tombo. Lá ele ficou até o fim de seus dias. Ainda no Guarujá, foi disputada a última competição do Estádio, a Copa das Confederações, que incluiu nove seleções tradicionais da FIFA: Brasil, Alemanha, Argentina, Rússia, Uruguai, Inglaterra, Holanda, Itália e Estados Unidos. Disputado em caráter amistoso e sediada pela Rússia, a Copa das Confederações não teve contagem de artilharia, a final do torneio foi disputada entre Alemanha e Argentina, e a Argentina sagrou-se campeã ao bater o time germânico por 4x1. A última partida, a última glória e o último campeão do Estádio Brianezi, a Argentina foi a última gloriosa do Campo Brianezi. A Itália terminou na terceira colocação seguida pelo Uruguai em quarto lugar.

Após essa disputa, ainda em 2000, o apartamento de Pedroom no Guarujá passou por uma reforma e, durante esta, os pedreiros que nela trabalharam, jogaram a mesa fora, achando que esta se tratava de entulho, com isso chegava ao fim a trajetória deste grande estádio que, até a presente data (maio de 2009), ainda tem o mérito de ser o campo que abrigou a maior parte das emoções vividas em toda história do botão. Consta também desta ocasião, quando os botões de Pedroom estavam no Guarujá junto da mesa, o desaparecimento de dois times da FIFA, o tradicional botão do Brasil da Crack's, campeão da IV Copa do Mundo, e o botão da seleção da Hungria, da marca Brianezi (do tipo lixoso), desconfia-se que estes foram subtraídos pelos pedreiros que trabalharam na obra do apartamento.

A partir da disputa da Copa das Confederações em 2000, as competições de botão da FIFA ficaram paradas até o ano de 2004, quando a FIFA foi reinaugurada e rebatizada, tornando-se a FIFME e, no mesmo Guarujá onde sucumbira, a FIFA renasceria com força total, mas isso é uma outra história a ser contada.


Os Super Campeões
A História da FIFME pelos números

Desde a sua fundação, a FIFA apresentou inúmeros campeonatos e campeões, e é através deles que a sua história - de glórias - também é contata. A evolução da FIFA desde 1984 passa por cinco grandes eras, até a fundação da FIFME em 2004. Abaixo são listados apenas os campeonatos mais importantes da FIFA, os que realmente valeram, seus campeões e as pontuações de cada um, cada era teve uma seleção que foi melhor, e assim entrou para a história como um dos Super-Campeões da FIFA. Mais recentemente essas eras, ou gerações da história dos botões foram batizadas de Grand Slam, sendo que cada Grand Slam tem, e sempre terá, o seu campeão, e este figurará no Hall dos Super-Campeões.

 

1º Geração - 1984 á 1986
Partidas disputadas no antigo campo Colunão de mesa.

 

Campeonato

Pontos

Campeão

Copa Weffa

5

Alemanha

II Copa Weffa

5

Uruguai

Copa Rocca

8

Alemanha

Copa Rio Branco

5

Alemanha

Campeã:

18

Alemanha

 

2º Geração - 1986 á 1988
Partidas disputadas no campo Brianezi (oficial).

 

Campeonato

Pontos

Campeão

Copa do Mundo

18

Holanda

II Copa Rocca

8

Holanda

Copa Europa

8

França

Taça Wesman

8

Estados Unidos

II Copa do Mundo

18

Holanda

Campeã:

44

Holanda

 

3º Geração - 1990
Partidas disputadas no campo Brianezi (oficial).

 

Campeonato

Pontos

Campeão

III Copa Rocca

8

Holanda

III Copa do Mundo

18

Itália

Copa dos Campeões

2

Alemanha

II Copa Europa

8

França

II Taça Wesman

8

Uruguai

Copa Pelé

4

Alemanha

Campeã:

18

Itália

 

4º Geração - 1991 á 1992
Partidas disputadas no campo Brianezi (oficial).

 

Campeonato

Pontos

Campeão

IV Copa Rocca

8

Rússia

II Copa Rio Branco

5

Argentina

I Copa Intercontinental

4

Holanda

II Copa Pelé

4

Brasil

IV Copa do Mundo

18

Brasil

Campeão:

22

Brasil

 

5º Geração - 1993 á 1994
Partidas disputadas no campo Brianezi (oficial).

 

Campeonato

Pontos

Campeão

II Copa dos Campeões

8

Itália

Copa América

8

Brasil

III Copa da Europa

8

França

V Copa Rocca

12

Rússia

III Copa Pelé

2

Brasil

II Copa Intercontinental

4

Itália

Campeã:

12

Itália

 

 

 

 

Pontuação dos Super-Campeões
Em ordem do maior para o menor

 

Seleção

Geração campeã

Total de pontos

Holanda

II Geração

44

Itália

III e V Gerações

30

Brasil

IV Geração

22

Alemanha

I Geração

18

 

 

     

GALERIAS:

RANKINGS
TÍTULOS
CAMPEÕES
CAMPEÕES MUNDIAIS
GRAND SLAM
AWARDS
SALA DE TROFÉUS
HALL DA GLÓRIA
LUSOFÔNICOS
CLUBS HALL
HISTÓRIA

ESTATÍSTICAS:
RECORDS
ARTILHEIROS
TÍTULOS
GOLS DE PLACA
CLÁSSICOS
PÁGINA NEGRA
NÚMEROS
FINAIS

MULTIMÍDIA:

TV FIFME
RÁDIO FIFME
FOTOS
PÔSTERS
MEMÓRIA

MUSEU FIFME

PARCEIROS:

INTERCÂMBIO TÉCNICOS
COMPETIÇÕES
RANKINGS
PEDROOM
MCM 1900
MBC
FFM
VILA EMA
DA VINCI BOTÔES

 

Topo

Copyright©1982®FIFME
Topo | Home