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Portugal não soube vencer a III Copa Latina. Após ter ganho a primeira partida das duas finais da Argentina por 5x4, precisava apenas empatar para garantir sua primeira conquista na areia na finalíssima que acaba de se realizar.

Portugal chegou às finais com o melhor handcap da competição, 100% de aproveitamento, inclusive, batendo a Argentina com facilidade por 7x4 e humilhando a Itália em um histórico placar de 9x1 na 1ª fase. Tinha o melhor ataque e o artilheiro da competição, Maniche (nº 7) - que acabou a disputa com nove gols marcados - além de ser o único botão realmente profissional do campeonato, portanto, com melhores qualificações para garantir uma boa performance na areia.

Na partida derradeira, ao invés de o técnico português pôr para jogar o time que vinha dando show na "praia" argentina (improvisada dentro do estádio Monumental de Nuñes em Buenos Aires), Felipoom escalou um time com Cristiano Ronaldo isolado no ataque e seis zagueiros. Até o artilheiro Maniche ficou de fora da partida. A tática seria garantir a vantagem de um gol obtida na primeira final e, dessa forma, ficar com o título.

Até o início do terceiro tempo, a tática lusa funcionou, o time ganhou as duas primeiras etapas (2x0 e 3x2), e parecia caminhar sem problemas rumo à sua primeira conquista praiana. Porém, como Portugal não marcava o seu gol no tempo derradeiro e Ronaldo não estava em um bom dia, a Argentina aproveitou-se para empatar e, no erro de saída de bola luso, virar a partida em um piscar de olhos. A virada levaria o jogo para a prorrogação e o time ibérico não queria se arriscar a dar mais tempo para o time da casa conseguir a virada, assim, tentou partir para cima e garantir o resultado. Mas àquela altura já não dava mais, a Arena virou um "inferno argentino" e o time da casa, inflamado, passou a jogar muito, marcou mais um, dois e, quando o tempo já expirava, marcou um gol de rebote da trave (veja o lance no vídeo ao lado) que deixou o goleiro Ricardo de Portugal sentado comendo areia. A Argentina vencia por incríveis 7x3 em uma virada sensacional e garantia o título no saldo de gols, com direito à vingança - na bola - ao adversário e tudo. Festa total na Arena dentro do Monumental. Antes, ninguém imaginava tal cenário. Depois, ficou o burbúrio de que Portugal "subiu no salto" na grande final e, seu técnico, foi "burro" - ou "português", na visão de alguns desafetos - por ter entrado na retranca.

Em seguida, foi só festa. A Argentina chegou à sua segunda conquista na Liga de Praia em três campeonatos disputados, as três Copas Latinas, das quais, ganhou duas, o que vale o bi-campeonato mesmo que não seja de forma consecutiva, e garante a posse definitiva do troféu deste torneio que, finda esta terceira edição, cessa sua existência levando para a história o fato de ter sido a primeira competição de praia de todos os tempos.

Com a incrível vitória, a Argentina subiu uma posição no Ranking de Títulos de praia, ultrapassando a Itália. A Holanda lidera o ranking. E por falar em Holanda, essa vitória em casa também fez a torcida esquecer e perdoar - em parte - seu time nacional pela derrota e eliminação na Copa FIFA, ocasião em que a Argentina foi subjugada pela Laranja Mecânica.

O gol - no rebote da trave - que humilhou o time luso e selou a conquista porteña


O time porteño entrou na Arena precisando vencer por dois gols de diferença para garantir o título - mas fez mais

A vitória surpreendente rendeu muita comemoração por parte dos jogadores e de toda torcida no Monumental de Nuñes

Pôster dos bi-campeões

III Copa Latina
Final (16/07/2009)
Argentina ; 7 x 3 ; Portugal
1º tempo: 0 x 2
2º tempo: 2 x 3
3º tempo: 7 x 3
Argentina Campeã