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O Botafogo venceu o Chelsea na final do Mundial Interclubes em Tókio, e é o primeiro clube a detér o título de Campeão Mundial da história da FIFME. Depois de um começo de jogo equilibrado, um empate em 1x1 no 1º tempo, o time de General Severiano deslanchou na 2ª etapa e goleou o Chelsea por 5x2 com relativa facilidade, ficando com a glória de ser o clube campeão mundial.

Agora, o Fogo lidera ao Corrida dos Campeões do I Grand Slam de Clubes, circuito que, com o término do Mundial Interclubes, chega à sua última etapa: a Copa do Mundo de Clubes. Competição que, naturalmente, contará com a presença do Botafofo (assim como a do Chelsea).

A conquista do Fogo, na verdade, começou na fase semifinal. Enquanto o Chelsea passava pelo Kashima e se classificava facilmente para a final (6x2 - maior goleada do Mundial), o Botafogo sofreu para eliminar o Cosmos em sua partida. Após abrir 4x0 no marcador no 1º tempo, viu o time norte-americano virar o placar à menos de 1 minuto do fim da partida. Arlindo salvou a pátria botafoguense ao empatar o jogo na saída de bola e, já na prorrogação, marcar o golden goal logo no primeiro lance, após a saída no estilo bangú.

Na final, quando se esperava mais dificuldades em função do forte adversário - que já havia, inclusive, goleado o Fogão em pleno Maracanã em partida amistosa comemorativa realizada ao término do Campeonato Brasileiro (7x2) -, o Botafogo não deu chances ao time inglês e se impôs desde o começo do jogo, comandando o placar até construir a goleada na etapa derradeira. Apesar da supremacia alvi-negra, o confronto foi equilibrado, com muitos erros e nervosismo de ambos os lados, e assim se manteve até metade do 2º tempo.

Para o Chelsea, a decisão foi uma jornada de "falta de sorte", como declarou John Terry ao final do jogo. O time inglês esbarrou na trave em várias oportunidades e perdeu um gol incrível em um rebote, quando o atacante do Chelsea errou a finalização com o goleiro do Fogo caído que, mesmo assim, fez a defesa. Gol que colocaria o Chelsea afrente do marcador e poderia ter mudado a história do jogo.

No segundo tempo, como a sorte do Chelsea se manteve a mesma e com a grande jornada do centro-avante Arlindo - mais uma, aliás - foi apenas questão de tempo para que o Botafogo transformasse em gols o seu melhor desempenho. Com um tento de Zagalo, um de Rildo (que selou a conquista) e dois de Arlindo - que ficou com a artilharia isolada do campeonato (5 gols em 2 jogos) e o título de melhor jogador da final - o Fogo conquistava o seu maior título até então. Os dois minutos finais da partida, quando o placar já mostrava 5x2 para o time tupiniquim, foram de festa para os torcedores que cruzaram o mundo até o Japão. A torcida, com o perdão da palavra, cantava alto no solo milenar: "Chupa todo mundo, o Botafogo é campeão do mundo!". E o canto se estendeu pelo globo até o Rio de Janeiro, onde a festa varou a noite fluminense.

Sem dúvida, este é, ou vem sendo, o "Ano do Botafogo", iniciado com a conquista no futsal do Campeonato Carioca, quando o time da estrela solitária venceu os dois turnos da disputa, a Taça Guanabara e a Taça Rio - fato inédito em disputas de fórmula semelhante. Depois veio a conquista do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Campeonato Brasileiro - o maior campeonato de clubes já realizado. Enfim, a autoritária vitória na Copa FIFME Libertadores, passaporte para o Mundial Interclubes agora conquistado. Pela frente, a Copa do Mundo e, com o encerramento do Grand Slam, o II Campeonato Carioca, quando tudo recomeça do zero. A grande questão hoje é: até onde vai a gloriosa jornada do Botafogo? Onde quer seja, estaremos lá...

Para o Chelsea, sobrava a soberba do campeão europeu e detentor da Real Tríplice Coroa Britânica - apontado como favorito e com melhor cotação nas bolsas de aposta antes da final -, restando olhar a frente e tentar melhor sorte na Copa do Mundo, competição que se iniciará em breve e definirá o time campeão do I Grand Slam de Clubes da FIFME. Para o time o inglês, só o título poderá lhe colocar, mais uma vez, na condição de melhor time do mundo, como já foi apontado. Hoje, tal denominação pertence, de fato consumado, ao Botafogo. O Fogo, para ficar com título do Grand Slam, precisa terminar a Copa do Mundo afrente de Chelsea, Barcelona e Internacional, ou seja, dos clubes que ainda têm chances de vencer a Corrida dos Campeões de Clubes.