As mensagens abaixo foram trocadas no início de julho de 2016, dias após Alexey Dodsworth Magnavita e Pedroom Lanne discutirem verbalmente no encontro celebrativo de 30 anos do CLFC - Clube de Leitores de Ficção Científica - realizado na pizzaria Presto em São Paulo em 25/06/2016. Mais precisamente, após Pedroom ter publicado uma página no Facebook respondendo as calúnias que Alexey publicou em seu perfil. Na página, Pedroom publicou o áudio do encontro gravado secretamente, comprovando que as alegações de Alexey eram falsas e mentirosas.
Não obstante o áudio comprovar que Alexey estava mentindo, outros prints e informações dispostas na página, igualmente comprovaram como Alexey distorceu os fatos ocorridos durante o encontro, especialmente de que o autor teria comparecido ao encontro apenas para "obsedá-lo", conforme suas palavras. Diante do desmentindo, ao invés de Alexey aceitar a realidade dos fatos, ele preferiu escrever para Pedroom e tecer uma série de ameaças conforme vistas abaixo, quando, de fato, embora Pedroom não soubesse, Alexey já havia prestado sua falsa queixa de assédio sexual na delegacia de polícia (feita antes da publicação do próprio áudio na página), no bairro do Campo Belo. Outra ameaça de Alexey, a qual veio a cumprir com as postagens que fez em seguida em seu Facebook após essa troca de mensagens, foi a de "queimar o filme" de Pedroom no meio literário, conforme suas palavras. Na sequência da campanha difamatória de Alexey, ele acusou Pedroom de falsidade ideológica e de ter pirateado o ebook de seu livro.
Durante a conversa, apesar das novas farpas trocadas, Pedroom tenta apaziguar os ânimos e propõe que ambos se desculpem publicamente, mas Alexey recusa e mantém o tom de ameaça. Diante da recusa, Pedroom propõe a publicação de um texto conciliatório que seria propositalmente vazado na página criada no Facebook como forma de encerrar o caso de vez, desta feita, porém, Alexey não responde. Perante o silêncio de Alexey, Pedroom publica o texto e apaga as demais informações e o áudio da página em questão. Ao tomar ciência da publicação do texto no Facebook (que fingia ser escrito pelo próprio Alexey), ao invés de responder o e-mail, Alexey preferiu criar uma nova publicação em seu Facebook acusando Pedroom de "falsidade ideológica" e convidando seus seguidores a abrirem a página para conferir, não obstante, os convocando para testemunharem no caso cuja queixa já havia perpetrado, apesar de que, nessa postagem, Alexey afirmasse que ainda iria prestar a queixa.
Vale lembrar que, antes da troca de e-mails abaixo, foi iniciativa de Pedroom enviar uma mensagem para Alexey apelando para que resolvessem a discórdia em andamento através de uma conversa amigável. Apesar da iniciativa de Pedroom, Alexey ainda omite que havia recebido um e-mail no dia seguinte ao encontro da Pizzaria, no qual Pedroom reintera que nunca mais se dirigirá a Alexey se, por ventura, viessem se encontrar novamente, para que cada um "seguisse a sua vida".
Sobretudo, nos e-mails, vale notar a hipocrisia de Alexey ao tecer suas ameaças quando já tinha procurado a polícia para prestar uma queixa que, depois da publicação do áudio do encontro, ficou comprovada se tratar de uma absoluta mentira. Hipocritamente, logo nos primeiros parágrafos, Alexey diz "lamentar" ocupar a máquina jurídica caso precisasse processar Pedroom, quando, de fato, era justo o que já estava fazendo com a "máquina policial" ao tecer sua falsa queixa na delegacia.
Ao retomar a discussão de 2014 ensejada pelo post sobre um garotinho com câncer, apesar da publicação do áudio na íntegra e sem cortes do encontro, Alexey continua mentindo ao tecer afirmações sobre o que Pedroom teria dito e como teria agido, mas que não batem com os fatos gravados em áudio. Alexey tece uma série de acusações a Pedroom a respeito da discussão na Pizzaria, mas não admite que foi o primeiro a fofocar e a zombar de Pedroom diante de todos no decorrer do encontro.
O blog se compromete a enviar as mensagens originais (por e-mail) para quem requisitá-las. A conversa abaixo também está disponível em arquivo PDF.
Alexey Dodsworth <alexey.dodsworth@gmail.com>
4 de jul
para mim
Pedro Luiz,
Antes de tudo, sobre o Facebook: eu tinha desbloqueado você por orientação
de meu advogado, que me solicitou que imprimisse e salvasse todas as conversas
que tivemos durante o ano de 2014. Após o desbloqueio, é preciso
aguardar 48 horas para poder bloquear a pessoa novamente. Mas agora que você
me bloqueou, nem preciso fazê-lo.
Mas vamos lá:
Já que você me convidou à conversa, te envio este e-mail como uma tentativa de, com toda a educação possível, te dizer o que me desagrada e de que forma podemos resolver isso. Não pretendo escrever outras mensagens pra você e, a depender das ações que você tome, nossas contatos irão se restringir aos nossos advogados. Eu acho que seria lamentável se isso ocorresse, porque a máquina jurídica tem muita coisa pra lidar, então escrevo pela derradeira vez, como uma forma de tentar te fazer entender o meu lado da história. Fique à vontade para responder, se quiser. Se serve um conselho, dado livremente e com boa intenção, leia essa mensagem que te escrevo mais de uma vez. Mostre-a à sua mulher. Estou certo de que ela é uma pessoa razoável.
Você disse que queria conversar como adulto sobre os acontecimentos entre nós.
Começando, então, por nossa discussão em 2014:
Eu fiquei profundamente ofendido por você dizer que uma pessoa que eu
conheço, um homem em profundo sofrimento pela doença terminal
do filho, estava usando o filho com câncer para assistir a um jogo de
futebol. Esse homem, por sinal, nem gosta de futebol. O filho sim, gostava.
Ele queria realizar o sonho do filho e você o pintou como um mau caráter
em minha própria página no Facebook. Ele leu tudo, e isso só
aumentou a dor que ele já sentia. A partir daquele momento, decidi que
não queria mais manter relacionamento em nenhuma instância com
você, e fui claro no tocante a isso.
Você me chamou em público de "cambista" na pizzaria
diante de várias testemunhas, sendo que tudo o que eu queria era ajudar
a encontrar um ingresso de jogo de futebol pelo preço correto. Percebe
que ao chamar alguém de "cambista" em público você
comete o crime de calúnia, previsto em nosso código penal?
Vamos agora ao incidente ocorrido no dia 25 de junho de 2016:
É evidente que você pode ir aonde você quiser, vivemos em
um país livre. Mas a liberdade que temos implica em assumir responsabilidades
diante dos outros. Considerando que eu te disse em 2014 que não quero
ter contato com você, muito me incomoda que você me aborde ao encontrar
comigo. O mundo é um lugar enorme, existe muita gente no mundo e muitas
pessoas para você falar. Não faz sentido fazer o que você
fez na pizzaria, e não falo apenas de vir falar comigo. A sua pergunta
sobre “centímetros”, por exemplo, que você diz ter
sido uma brincadeira. Meus amigos mais íntimos não brincam comigo
desse modo, e não admito que um completo estranho se dê a essa
intimidade.
Você afirma que me procurou pra tentar limpar a situação
de 2014. Mas veja bem, Pedro, nenhuma das atitudes que você tomou na pizzaria
demonstravam isso. Ao contrário, soaram – pra mim e pra quem estava
presente – como meras provocações. E a coisa só piorou
quando todo mundo descobriu (graças a você mesmo) que você
estava gravando nossas conversas.
Veja só: já briguei com pessoas no passado. Já erraram
comigo e eu já errei com elas. Quando eu quis pedir desculpas, enviei
um e-mail fazendo isso. Já me enviaram e-mails pedindo desculpas. Não
foi isso o que você fez. Você apareceu na pizzaria, insistiu em
me oferecer um livro que eu não queria e fez brincadeiras impertinentes.
Não me parecem os atos de uma pessoa que quer “ficar de boa”,
Pedro.
Depois, tudo só piorou.
Não sei se você já teve alguma orientação
legal, mas seria interessante tê-la. Em nosso país, não
é possível argumentar desconhecimento da lei. Você tem cometido
atos reiteradamente que o expõem a um processo criminal, e acho que você
não precisa passar por isso novamente.
Sim, eu sei de seus outros processos. Li todas as sentenças deles, e
fiquei espantado com os detalhes. Honestamente, Pedro, como você não
quer que eu fique assustado, considerando seus comportamentos precedentes? O
que me parece, e digo isso sem nenhum tipo de intenção de ofender,
é que você tem algum transtorno de personalidade que pode e deve
ser tratado. Quando eu digo que você deveria procurar ajuda, não
digo isso com intenção de te humilhar. Ninguém tem culpa
de ter algum problema psicológico, mas quando a gente sabe que tem e
não faz algo pra mudar isso, nos tornamos responsáveis.
Mas vamos falar sobre os aspectos legais do que você tem feito:
1. Em meu desabafo no Facebook, eu não citei seu nome. Logo, não
te difamei. Eu poderia até ter mostrado pra todo mundo os processos que
te envolveram, o lance de atirar pedra no carro de uma mulher grávida,
condenação por difamação no Orkut etc., e não
o fiz. Contei o que houve na pizzaria e não apontei seu nome, nem dei
pistas sobre sua identidade. Fiz isso inclusive considerando que eu acho que
você é um cara que precisa de ajuda, não de ódio.
Citei seu nome DEPOIS, nos comentários, ao descobrir que você tinha
criado uma página de difamação. Você mesmo já
tinha se identificado como o personagem da pizzaria, inclusive abordando meus
amigos e se identificando. Ou seja: quem se identificou foi você. Logo,
quando você diz que eu te calunio etc., você imputa a mim falso
crime. Conclusão: você me difama com sua página. Leia o
artigo 139 do código penal, ou consulte seu advogado e entenda que você
está novamente se expondo a uma situação delicada. Você
sabe como os juízes tratam quem reincide no mesmo erro?
2. Você criou uma página usando minha foto sem autorização,
uma foto com direitos autorais utilizada pela Editora Novo Século em
um livro. Isso é proibido pelo nosso código civil. Art. 20. Salvo
se autorizadas, ou se necessárias à administração
da justiça ou à manutenção da ordem pública,
a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou
a publicação, a exposição ou a utilização
da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a
honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
// Ou seja, você usa minha foto sem autorização. Não
importa que você a tenha editado, ela ainda é minha foto. Você
não pode usar nem minha foto, nem meu nome numa página de repúdio
a mim.
3. Por fim, você diz que não patrocinou sua página difamatória.
Bem, saberei se o que você diz é verdade ou não muito em
breve. O Facebook ficou de enviar ao meu advogado a eventual fatura de cartão
de crédito e todo o detalhamento a respeito de quem curtiu a página
difamatória que você criou. Eu irei saber dado a dado.
Dito tudo isso, destaco o que espero de você:
1. Que você delete a página de difamação criada contra
mim.
2. Que você não se dirija a mim se nos encontrarmos por acidente.
Veja, não estou pedindo nada de tão difícil. Eu não
tenho o menor interesse em prejudicar você, nem na esfera legal e nem
no mundo da literatura. São as suas próprias ações
que estão te prejudicando, entende? Você está agindo de
modo semelhante a como já agiu antes, e isso lhe custou amigos e lhe
enfiou em uma condenação que, por enquanto, foi na esfera cível.
A única coisa que eu preciso é que você entenda que eu não
quero manter contato com você, e tenho esse direito. E, no contexto legal,
seria melhor pra você se a página que você criou fosse apagada.
Vai te poupar passar por situações delicadas. Diferente do Mario
Izzo, eu não irei me limitar à esfera cível e entrarei
na criminal. Acredite: não gostaria de ter de fazer isso, mas, se precisar,
farei. E farei logo.
Se houver algo que eu possa fazer por você, fique à vontade para
me escrever.
De resto, te desejo sucesso em seus empreendimentos.
Cordialmente,
Alexey Dodsworth
P.S. - caso você copie e publique trechos deste e-mail, tirando as frases
de contexto, eu entenderei seu ato como autorização para criar
uma página eu mesmo, expondo tudo em todos os detalhes. Não gostaria
de fazer isso, acredite.
Pedro Costa <pedroomebay@gmail.com>
4 de jul
para Alexey
Alexey,
Recebi seu e-mail. É longo, estou sem tempo para responder neste instante. O responderei até amanhã (terça), com calma para que não mal me interprete.
Só tem algo de errado em sua mensagem: não houveram processos contra minha pessoa como você listou, não no plural, somente um que sequer fui condenado (e se você soubesse dos detalhes dessa história, do que eu tive que passar, tenho certeza de que daria razão a mim independente de qualquer sentença). Esse lance de "atirar pedra em carro de mulher grávida" nunca existiu, não sei se você tá esbarrando em algum homônimo ou coisa do tipo, .
Agora, antes de te responder mais detalhadamente, há sim algo que possa fazer para encerrarmos esta pendenga de vez, tão logo leia este e-mail se assim quiser. Você posta em sua página algo demonstrando humanidade a respeito de minha pessoa (sem ficar dizendo que preciso de ajuda psicanalítica), que conversamos como adultos como estamos fazendo neste e-mail, apenas deixando claro em suas palavras que eu não sou "stalker", pois foi isso que me tocou e me fez agir no sentido de criar a página como resposta (você me colocar no mesmo prato que as loucas e loucos que descreveu no final da postagem do dia 25). Não precisa dizer se estou certo ou errado, pedir desculpas ou algo do tipo (até porque jamais exigiria isso e não creio ser esse o caso), somente demonstrar de forma humana que não sou o louco que aparece pintado ali, pois, acredite (sei que é difícil), não sou - no máximo, um maluco beleza.Tenho certeza de que você é capaz de tecer um parágrafo assim.
Se você me sinalizar positivamente, apago a página em seguida.
Atenciosamente,
Pedroom
Alexey Dodsworth <alexey.dodsworth@gmail.com>
4 de jul
para mim
Olá Pedro,
Vamos lá:
Não faz o menor sentido que eu escreva uma mensagem dizendo que você não é "stalker", por dois motivos que elenco abaixo e espero que você compreenda:
1. Eu jamais fiz uma postagem citando seu nome, e as únicas pessoas que sabem que a pessoa a quem eu me referia era você são as que você mesmo procurou para dizer que era você. E, claro, quem testemunhou o episódio na pizzaria. Note que nem Clinton e nem Cristina fizeram qualquer postagem citando seu nome. Sua expulsão do grupo do Clube de Leitores no Facebook ocorreu antes disso e eu não tive nada a ver com isso. Eu nem sabia que isso tinha acontecido, até aquele sábado. Vale dizer que eu não tenho nenhuma intimidade com Clinton, eu não pedi nada a ele e ele não teria por quê me atender. Temos uma relação cordial, eu e ele. E só.
2. Eu não posso afirmar que você não seja "stalker", pois não te conheço e, honestamente, as coisas que li no processo que te envio em anexo para refrescar sua memória me fazem suspeitar de que você tem, sim, problemas e se recusa a pedir ajuda. Aliás, você já me disse isso em 2014. Você disse, via Facebook: "tenho problemas psicológicos sim, e gosto de ser assim". E não, eu não tive acesso ao processo de um homônimo. Eu li a sentença com muita atenção, e tive o cuidado de verificar se o "Pedro Luiz de Oliveira Bisneto" era você ou outro com o mesmo nome. Era você. Aproveito e envio o outro processo que você moveu contra seu porteiro. Você que moveu, mas as palavras do juiz, na sentença, são bastante elucidativas, e categorizam você como não tendo conduta social adequada para a convivência em condomínio. Considerando o que está escrito que você fez no prédio, com polícia acionada, a cena na pizzaria não me espanta.
Também não faz sentido que eu escreva dizendo que conversei com a pessoa que me desagradou no dia 25 de junho, porque nada me garante que você não irá fazer outras coisas no futuro contra mim. Eu não vou empenhar a minha palavra de que você não é uma coisa que eu ainda suspeito que seja.
Entenda, portanto, que meus dois pedidos a você não constituem um comércio em que eu tenho que atestar a sua sanidade. É algo que, ao fazer, você estará fazendo bem a si mesmo, evitando dois problemas muito graves: 1. O seu eventual processo criminal; 2. Você acabou de entrar no meio literário, e eu não queimei seu filme. Você mesmo está fazendo isso. A sua página não depõe contra mim, depõe contra você. Acredite: ela não me incomoda e não me prejudica. Tirando os "likes" pagos [aos quais eu terei acesso, junto com a eventual fatura do cartão usado para patrocinar a página] e um ou outro amigo seu que curtiu a página, quem a lê fica apavorado com você.
Pedro, você percebe o quanto é constrangedor pra você mesmo e pra todo o meio literário ouvir um vídeo que confirma o que eu disse? Que confirma que você perguntou "quantos centímetros" eu tinha? E não, não adianta dizer que a pergunta tinha a ver com superdotação intelectual. Não é o que parece, para quem escuta.
Você diz, na sua página, que eu minto ao dizer que Ruth Sasaki me disse que você pediu meu telefone. Não é isso o que ela diz na postagem que você fez. Ela diz que não lembra QUANDO, mas ela lembra sim que você pediu meu número. Saiba que não apenas ela confirmará isso diante do juiz, como eu tenho outra pessoa que me disse que você pediu meu telefone a ela. Se você não é stalker, e espero que não seja, não está parecendo não ser.
Eu realmente lamentarei se você não pensar direito e entender o que estou expondo. Então, Pedro, pra deixar mais claro, e com toda a educação que me é possível: meus dois pedidos foram feitos e por enquanto são só pedidos. Em breve ser converterão em ordem judicial, com processo criminal incluído. O que eu posso fazer por você é não abrir um processo criminal. Ofereci isso antes e repito aqui. Evidentemente, e por ser honesto, devo dizer que nossa troca de e-mails com meu aviso prévio será anexado ao eventual processo. Você tomou ciência do pedido, confirmando que o leu.
Eu não citarei seu nome em minha página nem para falar mal, nem para falar bem. O que ambos precisamos fazer é o que eu te disse antes: esquecermos da existência um do outro. Se no futuro as coisas forem diferentes e você estiver melhor, podemos conversar. Ao contrário do que você pensa, não sou rancoroso. Eu trato muito bem as pessoas que me tratam bem, e não foi isso o que você fez na pizzaria. Daqui uns anos, quem sabe? Você estará diferente e melhor, e esse é meu mais sincero desejo. Eu não gosto do sofrimento das pessoas, Pedro. E isso inclui, pode acreditar, o seu.
Cordialmente,
Alexey Dodsworth
2 anexos
Pedro Costa <pedroomebay@gmail.com>
5 de jul
para Alexey
Ainda não tive tempo de responder seu e-mail anterior (ia sentar agora
para fazê-lo). Nem li todo o novo e-mail, mas você tá dando
ouvido as pessoas erradas, você sabe que qualquer advogado que consulte
irá lhe dizer que você tem mesmo que defender seu direitos e etc,
eles sempre defendem o ganha pão deles. Tem um detalhe fundamental nesse
caso do Adriano Santos que você não está ciente, infelizmente
não posso te dizer, dado que está ameaçando me processar.
Ademais, cada caso é um caso.
Você não precisa se sentir ameaçado por eu ter dito que tenho problemas psicológicos, eu fui sim diagnosticado com "Síndrome de Peter Pan" há 20 anos atrás, mas essa síndrome não faz de mim um sujeito violento. Se todo mundo que tem algum problema psicológico fosse stalker, então 80 ou 90% das pessoas são stalkers.
A partir do instante que você disse que eu teria descoberto que você compareceria no encontro do CLFC e fui lá de bicão só pra te obsediar, que fiquei a noite toda tentando me aproximar de você, como disse no post que publicou, eu logo vi que você tava com uma impressão errada. Mas, depois dos esclarecimentos que veiculei, você tem que admitir que tava errado, não foi nada disso, eu compareci a convite do Clinton. Meu único erro foi cumprimentá-lo crendo que você nem se lembraria de mim ou, ao menos, não daria importância maior a minha presença. Independente disso, se você tivesse sido político como eu tentei ser ao me aproximar de você para dialogar, nada disso estaria acontecendo - eu teria saído praticamente despercebido do encontro, foi você quem colocou a questão "quem é Pedroom Lanne?" na cabeça das pessoas. Isto posto, não creio que esteja te pedindo algo descabido ao querer que publique um parágrafo em sua timeline mostrando humanidade frente ao acontecido uma vez que você mesmo já constatou que estava errado no que disse - não tô pedindo pra você ser meu amigo ou me perdoar, apenas que mostre humanidade frente a verdade que agora tem ciência, você nem precisa admitir que estava errado em grande parte do que disse.
Você leu o post "A paranoia de Alexey"? Se não, peço para que leia, pois estou sendo absolutamente sincero em minhas palavras. Sincero em tudo que está sendo publicado, aliás.
Deixe de bobagem, meu caro. Nós dois sabemos que você abriu esse diálogo pois sabe que não será tão simples assim me processar ou provar qualquer coisa que está dizendo a meu respeito, e eu te fiz uma proposta mais do que honesta para encerrarmos a pendenga de vez, você que tem que saber consigo mesmo se vale a pena continuar remoendo esse caso, tendo que manter vivo esse desprezo que sente por mim durante meses e mais meses, gastando dinheiro com advogado, tendo que lidar com delegado etc. É você quem tá criando esse Frankenstein, não eu. Se você realmente acha que eu tô agindo deliberadamente para importuná-lo, então cada vez que você por ventura se ver obrigado a tomar uma atitude contra mim é ponto meu, já parou para pensar nisso? Agora, eu tô de acordo quando diz "esqueçamos a existência um do outro" (aliás, eu esqueci, por dois anos), mas é você que tem que saber se realmente vale a pena reforçar essa memória através de marcos judiciais, aí vai ser difícil você me esquecer, não acha?
De minha parte, não tem nada disso, tão quanto tá provado que eu li sua mensagem, está que você leu a minha propondo o fim da pendenga com humanidade, mas se você quer procurar sarnas pra se coçar, o que eu posso fazer? Lembre-se que eu tenho tudo gravado, no fim, você vai acabar entrando em contradição e o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Você vai perder seu tempo indo na delegacia, eu não, pois minha defesa já tá publicada no site e gravada em arquivo de voz.
Enfim, se você acha realmente que humilha uma pessoa e o seu trabalho via e-mail, a ofende chamando-a de lunático ou coisa parecida e depois entra em uma delegacia para dar queixa contra ela crendo que isso não será considerado em juízo, o que posso te dizer mais?
Reiterar a proposta que lhe fiz no e-mail anterior ou acompanhar as novas publicações na página.
Só acho triste você afirma certas coisas, não por mim, pois você tá se iludindo com parte do que diz, achando que todo mundo vai mesmo tomar minhas palavras como as de um louco sem questionar se tal motivação seria gratuita, como o próprio Causo chegou a comentar em teu post. Isto posto, você que tem de saber se realmente vale a pena manter o manifesto no ar.
Vou aguardar a bandeira branca até hoje a noite antes de publicar novas informações na página. Você pode acabar com isso hoje ou tentar a sorte com seus advogados, a escolha é sua. E entenda de uma vez: ameaças não vão surtir efeito, já demonstrar um lado humano, sim.
Sem mais,
Pedroom
Pedro Costa <pedroomebay@gmail.com>
5 de jul
para Alexey
Sobre a discussão de 2014:
Não misture alhos com bugalhos, meu caro. Quanto teci comentários no post em questão, eu não tinha ciência que você era membro da UNESCO. Essa "acusação" que você faz não é uma acusação, é sim a impressão que você deixou em minha cabeça DEPOIS da discussão quando eu acabei descobrindo essa informação.
Vamos rememorar: eu fiz um comentário, inoportuno podemos dizer, que foi + ou - assim: "ingresso pra jogo de futebol?! Mas que bobagem" em função do que estava acontecendo na faixa de Gaza, as incursões de Israel e as notícias envolvendo crianças mortas nesse conflito. A partir desse comentário, começou uma polêmica, pessoas me criticaram e eu passei a argumentá-lo melhor (independente de ser escroto ou não), dizendo coisas do tipo: "a criança não precisa assistir jogo da Copa do Mundo, e sim do amor dos pais, nem que seja para assistir um Boca X River" e que "não cria ser causa justa privilegiar uma única criança de forma isolada, por mais triste que seja sua situação, se fosse uma iniciativa para levar xis crianças do instituto ipsilon, aplaudiria. E as outras crianças com câncer terminal, como é que fica?", tudo isso sem usar caracteres maiúsculos, palavrões ou ofensas a qualquer um. Lembro que teve ao menos uma pessoa que se manifestou a meu favor e, em dado momento, você tomou as rédeas da discussão e passou a me criticar também.
Porém, o que eu achei indelicado de sua parte, foram acusações fora do assunto em questão. Me lembro que você questionou o fato de eu estar me escondendo atrás de um perfil fake com a imagem de um alienígena. Isto dito, eu me loguei com a conta "Pedroom Stand-upper FIFME Futmesa" para reafirmar minhas palavras dando a cara a tapa, neste instante, você bloqueou a conta do Noll e começamos a conversar inbox.
Inbox, eu tentei argumentar que a conta do Noll não era fake, dado que leva meu nome e que sempre deixei claro que a conta pertence a mim, você contra-argumentou dizendo que não gostava disso, pois as pessoas tinham que ir lá investigar pra saber quem eu era e que não achava correto, que gosta das coisas as claras e que na sua opinião isso é algo que considera errado (guarde esse pensamento para os próximos parágrafos). Não obstante, você não se ateve a isso e passou a humilhar meu trabalho e a minha pessoa, só a partir do instante que você atirou a primeira pedra, eu lhe devolvi pedradas dizendo coisas que você não gostou. Enfim, você me bloqueou.
Pois bem, depois que você me bloqueou eu tentei novo contato com você tentando dialogar, pois fiz uma mea culpa e concluí que, independente de meus argumentos fossem certos ou errados, foram inoportunos pelo fato de eu sair discutindo com seus amigos. Lhe procurei com educação e, mais uma vez, você me tratou com desdém e teceu comentários humilhantes.
Depois disso, fuçando na Internet é que me deparei com o fato de você ser membro da UNESCO. Foi aí que me veio a mente os seguintes questionamentos: é ético a pessoa usar seu nome de membro na UNESCO pra pedir ingresso para determinada criança com câncer terminal? Como eu vou saber se ela não tá usando sua imagem para ela própria conseguir o ingresso ou para dar para um amigo?
Eu tentei responder a mim mesmo essas questões, fui lá no teu perfil e cliquei em determinada resposta de determinada pessoa que conhecia uma determinada pessoa que tinha os ingressos, e esse determinado perfil, como você mesmo disse a respeito do perfil do Noll, não estava claro pertencer a alguém que dá a cara a tapa, pelo que percebi, era um perfil fake de um cambista.
Por fim, como você me bloqueou de uma maneira que considerei covarde pelas palavras que me disse e, em função dos meus comentários no post terem sido no sentido de criticá-lo, eu fiquei com a impressão de que você me bloqueou justamente por eu, de forma indireta, estar chamando atenção para o que eu concluí ser falta de ética da sua parte. No dia do encontro do CLFC, foi isso que questionei quando você levantou a voz pra mim.
Tudo isso pra dizer que foi você quem botou essa questão na minha cabeça pelo descabido de sua atitude ao me bloquear. Mais uma vez, se você tivesse dialogado comigo com educação antes de me bloquear, sem humilhar meu trabalho como escritor, eu jamais teria levantado essa dúvida.
Em suma, tudo isso, a discussão de 2014 e de 2016, pode ser resumida em três palavras: um mal entendido. Eu compreendi erroneamente sua intenção no post e você está compreendendo erroneamente minha postura ao me tomar por um stalker.
Aliás, você como escritor deveria saber melhor que ninguém o quanto machuca os sentimentos se criticar gratuitamente o seu trabalho.
De minha parte, eu até te entendo, pois tive uma longa conversa com um ex-namorado teu que me contou cada uma inbox, é por isso que te disse para tecer um texto sobre o lado humano da coisa, por percebi que você tem um, cheio de vaidades e defeitos como qualquer um... Sua atitude condiz com o que você é (ou crê que seja), no mais, como você tá ladrando que irá me processar, não posso contra-argumentar o besteirol jurídico que você enumerou, se você realmente acha que seus argumentos estão corretos e considera absurda a proposta que lhe fiz, siga em frente, boa sorte com seus advogados.
Como diz Noll Quanticus, é nisso que dá pensar no imperativo.
Sem mais,
Pedroom
Pedro Costa <pedroomebay@gmail.com>
6 de jul
para Alexey
Ao invés de escrever em sua página, escreva pra mim, e eu publico
"a sua revelia", digamos assim.
Faz de conta que é uma redação, uma "mea culpa", algo com humanidade, enfim, use a criatividade que não lhe falta.
Quando digo, "eu publico", entenda o seguinte: publico + apago a página + retribuo sua humanidade com humanidade.
É só.
Pedro
Pedro Costa <pedroomebay@gmail.com>
7 de jul
para Alexey
Pronto! A página não existe mais. Se você não quer
dar o braço a torcer e mostrar alguma humanidade, tudo bem, serei humano
por você...
Só peço para que não fique brigando com teu ex por minha causa, ele é super gente fina e não merece que as rusgas entre nós o atinjam. E encerro lhe dizendo o que disse pra ele: que cedo ou tarde eu acabaria tirando a página do ar.
Agora você pode partir para a Itália pio sossegado. Boa viagem.
Ciao!